V. Guimarães-Rio Ave, 0-0 (crónica) - TVI

V. Guimarães-Rio Ave, 0-0 (crónica)

V. Guimarães-Rio Ave (Lusa)

Início de ano sem fogo de artifício

Vitória de Guimarães e Rio Ave anularam-se, naquele que foi o primeiro jogo do ano para as duas equipas, empatando sem golos no Estádio D. Afonso Henriques. Sem vencer no último jogo de 2022, os dois conjuntos entraram no novo ano sem direito a fogo de artifício ou a grandes  celebrações.

O jogo foi intenso e disputado, com as duas equipas a jogarem de forma aberta, mas faltaram argumentos de parte a parte para criar reais situações de perigo e fazer a diferença, pelo que cedo se percebeu que apenas um rasgo individual ou lance fortuito poderia retirar dividendos do encontro.

Não aconteceu qualquer uma dessas hipóteses, o jogo terminou mesmo sem golos, sendo o quinto embate consecutivo sem vencer do Vitória de Guimarães, que vê os da frente ficar mais distantes e os que se seguem a ficarem mais próximos. Segundo empate consecutivo do Rio Ave, naquela que foi a quarta jornada consecutiva sem perder.

Crescimento, depois de um arranque em sentido

Destemido, o Rio Ave mostrou ao que vinha no D. Afonso Henriques logo nos instantes iniciais, entrando em jogo de forma descomplexada e a pôr em sentido um Vitória que, parece ter sido apanhado de surpresa. Com serenidade, o Rio Ave chegou várias vezes a terrenos ofensivos, provocando a dúvida no setor mais recuado do conjunto da casa.

Refeito do abanão inicial, sem deslumbrar, e sempre em aparente esforço o Vitória de Guimarães conseguiu organizar-se e cresceu no jogo. O embate foi disputado, aberto e com equilíbrio, começando por pertencer ao conjunto de Moreno os principais lances de perigo na primeira metade do encontro.

Num lance de bola parada cobrado por Tiago Silva, André Amaro desvia à queima-roupa, valendo Jhonatan a desviar o esférico com uma excelente intervenção. Foi o lance do encontro. Pouco depois Mikey Johnston aparece em boa posição, mas perdeu tempo de remate e foi anulado num por Santos, num lance promissor.

Muita luta, pouco discernimento

O evoluir do cronómetro trouxe mais intensidade ao encontro, mas menos frisson junto das balizas. O jogo ficou mais disputado a meio campo, travaram-se vários duelos musculados longe das zonas de decisão e o acrescento em força foi subtraído em discernimento.

Foi pertencendo, ainda assim, ao Vitória a maior capacidade para construir lances capazes de chegar ao último terço do terreno. De forma atabalhoada, é certo, mas iam pertencendo ao conjunto da casa os momentos de potencial perigo. Vários cruzamentos, facilmente intercetados, e remates frouxos deram sensação de domínio, mas sem produtividade. 

Nem o pressing final da equipa da casa, sempre com mais ímpeto do que clarividência, resultou em algo palpável, muito por força da competência vila-condense. O último apito de André Narciso confirmou o nulo e falta de fogo de artifício em Guimarães e Vila do Conde.

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