"Fui convidado para participar na celebração da comemoração da Revolução dos Cravos e é com muita alegria que eu vou participar, seja de manhã, à tarde, só espero que não seja à noite", disse o presidente brasileiro Lula da Silva, quando questionado sobre o facto de não ficar a assistir à cerimónia solene do 25 de Abril na Assembleia da República, participando apenas numa sessão que se realiza pouco antes na Sala do Senado.
O presidente brasileiro não considera que este facto seja polémica. Lula da Silva afirma que quando saiu do Brasil já tinha a agenda da visita oficial fechada: "Não vejo nenhum problema na minha agenda, a minha agenda não foi mudada à última hora, foi feita com muita antecedência", disse.
Já Marcelo Rebelo de Sousa explicou que, embora tivesse sido marcada a data da visita arrancando no dia 22 de Abril, pelo simbolismo de ser o dia que assinala o primeiro encontro entre portugueses e brasileiros - em 1500 - logo os responsáveis perceberam que a visita iria coincidir com o 25 de Abril e perceberam que seria importante associar Lula às celebrações: "A forma específica de associar a presença do presidente brasileiro e o Estado brasileiro nascido nessa primeira descolonização [há 200 anos], à segunda descolonização [após 1974], podia depender de várias circunctâncias. Fundamental é que ficasse claro que havia essa ligação. E fica claro, quando é no dia 25 de Abril que coincida a sessão de receção ao presidente Lula da Silva e depois a sessão que é a tradicional, de celebração interna no 25 de Abril." Marcelo considera esta uma solução "inteligente e feliz daa Assembleia da República".