A Polícia Judiciária deteve, esta quinta-feira, o principal suspeito do homicídio de Manuel Gonçalves, o jovem de 19 anos que morreu após uma rixa no Bar Académico, em Braga, apurou a CNN Portugal.
O detido, de 27 anos, é suspeito "da prática de um crime de homicídio qualificado, com utilização de arma branca, ocorrido na madrugada do passado dia 12 de abril" e encontrava-se "em fuga, refugiado numa zona isolada do interior do país e a preparar-se para fugir para o estrangeiro".
"Por motivos ainda não totalmente esclarecidos, elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal. Depois, já no exterior do bar, voltaram a envolver-se em confrontos, desta vez com agressões físicas, tendo o suspeito, utilizando uma faca, golpeado a vítima, um jovem de 19 anos, na zona torácica e membro superior direito, lesão que veio revelar-se fatal, apesar do socorro de emergência", revela a Polícia Judiciária em comunicado.
O caso, que aconteceu em Braga na madrugada de sábado, chocou a comunidade - que lamenta a morte de Manuel, 19 anos. O jovem estava no “Bar Académico”, em Braga, quando, segundo relatos, denunciou que alguém estava a colocar uma substância na bebida de uma rapariga - este facto não foi confirmado pelas autoridades. Houve desentendimentos no interior do bar, que passaram para o exterior.
Cerca de 20 pessoas envolveram-se numa briga e, segundo o Jornal de Notícias, o jovem acabou encostado à parede e esfaqueado várias vezes.
Ao que a CNN Portugal conseguiu apurar, o INEM assistiu uma vítima de agressão grave com arma branca, sendo que o jovem foi transportado para o hospital de Braga, onde viria a morrer.
De acordo com a PSP, o agressor faz parte de um grupo de cinco suspeitos que fugiram e ainda não foram encontrados.
Na tarde de domingo, os bombeiros foram chamados para um incêndio no mesmo local, na zona de acesso ao bar Académico. O alerta “foi dado pelas 18:30 e, passados 15 minutos, estava extinto”, segundo o comandante dos Bombeiros Sapadores Nuno Osório.
"Não há registo de feridos”, adiantou.
Momentos antes do incêndio decorreu em frente ao estabelecimento uma vigília em memória da vítima. Estiveram presentes cerca de 40 pessoas.
O caso passou para o Ministério Público e para a Polícia Judiciária.