Igreja deve “assumir responsabilidade plena” e “afastar do exercício e funções quem deve ser afastado” - TVI

Igreja deve “assumir responsabilidade plena” e “afastar do exercício e funções quem deve ser afastado”

  • CNN Portugal
  • DCT
  • 11 mar 2023, 13:22

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que a posição da Igreja “não adensa” a sua “desilusão” e que esta “existe”, mas crê que “haverá a sensibilidade de perceber que há coisas que têm de ser feitas e quanto mais depressa melhor”.

O Presidente da República defendeu, este sábado, “uma reflexão atenta” sobre os abusos sexuais na Igreja Católica, apelando a “medidas” por parte das dioceses.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à margem do Congresso da Liga dos Bombeiros, que decorreu este sábado em Gondomar, defendeu que “não se pode perder tempo” e que, por isso, a Igreja Católica “deve assumir a responsabilidade plena” e “tomar medidas preventivas, como afastar do exercício e funções quem deve ser afastado”.

Quando questionado sobre que medidas deveriam ser levadas a cabo de forma urgente, o Presidente da República disse: “primeiro, não demorar mais tempo que em tudo o que não se pode perder tempo; segundo, assumir a responsabilidade plena; terceiro, tomar medidas preventivas, significa  afastar do exercício de funções ou de responsabilidades pastorais quem deve ser afastado por essas medidas preventivas; e mostrar a vontade de reparar as vítimas”.

Sobre o facto de as dioceses do Porto e Lisboa não terem afastado os padres suspeitos de abuso sexual, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou que a sua posição já foi dita “há dois dias” e que considera que é “uma questão tão óbvia, tão óbvia, tão óbvia a prevenção e a tomada de medidas para acautelar possíveis novas vítimas e os próprios envolvidos, que penso que uma reflexão atenta levará a que se faça aquilo que num primeiro momento, a meu ver incompreensivelmente, não se fez”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que a posição da Igreja “não adensa” a sua “desilusão” e que esta “existe”, mas crê que “haverá a sensibilidade de perceber que há coisas que têm de ser feitas e quanto mais depressa melhor”.

“Foi dito pela conferência episcopal que a reflexão continua, mas ao continuar, a reflexão deve significar o abrir caminho a rever aquilo que foi feito e podia ser feito de outra maneira”, destacou.

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