Marcelo reafirma que "não teve conhecimento de quaisquer diligências junto do Ministério da Saúde" - TVI

Marcelo reafirma que "não teve conhecimento de quaisquer diligências junto do Ministério da Saúde"

  • CNN Portugal
  • HCL
  • 7 dez 2023, 22:08
Marcelo Rebelo de Sousa (Carlos M. Almeida/Lusa)

Reação do Presidente da República pouco depois de a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal, avançar a informação no Jornal Nacional

A Presidência da República reafirmou esta quinta-feira "que não teve conhecimento de quaisquer diligências junto do Ministério da Saúde no caso das gémeas luso-brasileiras". Num comunicado, em reação à notícia avançada pela TVI, Marcelo sublinha o seu desconhecimento "após o envio do dossier para o Gabinete do Primeiro-Ministro a 31 de outubro de 2019".

O comunicado surge após a TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal, ter adiantado que o secretário de Estado da Saúde durante o período do tratamento no Santa Maria, António Lacerda Sales, teve reuniões com Nuno Rebelo de Sousa, no Ministério da Saúde, enquanto decorria este processo.

À CNN Portugal, o agora deputado socialista nunca desmente este alegado contacto. "Nem desmentir, nem confirmar, porque são situações que só em sede própria devem ser tratadas. Não devem ser tratadas na praça pública", disse à entrada para a Assembleia da República esta quinta-feira.

Recorde-se que a médica que prescreveu o medicamento de quatro milhões de euros às irmãs escreveu, em três registos clínicos oficiais, que a primeira consulta das gémeas foi marcada a pedido do ex-secretário de Estado da Saúde, que era, à época, Lacerda Sales.

Este caso foi revelado por reportagens da TVI, transmitidas desde 03 de novembro, que relatam que duas gémeas residentes no Brasil, filhas de mãe luso-brasileira e que entretanto adquiriram nacionalidade portuguesa, vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, o que representou um custo total de quatro milhões de euros.

A PGR confirmou, em 24 de novembro, em resposta à agência Lusa, que instaurou um inquérito sobre este caso.

O caso está também a ser analisado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e a ser objeto de uma auditoria interna no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.

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