O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai acompanhar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, numa visita aos hospitais da região.
Os governantes vão visitar esta quinta-feira o Serviço de Oncologia e as instalações renovadas da Maternidade Luís Mendes da Graça, no Hospital de Santa Maria.
A decisão, avançada pelo Observador e entretanto confirmada pela CNN Portugal, surge numa altura de grande pressão nos serviços hospitalares, com vários constrangimentos sobretudo nas urgências, em pleno verão. Só neste fim de semana, seis serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia de Lisboa e Vale do Tejo estiveram encerrados. Como consequência, mulheres grávidas tiveram de ser transportadas de hospitais públicos para privados.
Nos últimos dois meses, só na região de Lisboa e Vale do Tejo, já foram transferidas 42 grávidas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para hospitais privados. A medida faz parte do protocolo assinado pelo anterior governo para dar resposta à falta de profissionais nos hospitais públicos.
Mas a situação não é apenas crítica durante os fins de semana: esta segunda-feira de manhã, o Hospital das Caldas da Rainha terá recusado o atendimento a uma mulher que chegou a esta unidade, por meios próprios, a sangrar e com um feto num saco após ter sofrido um aborto espontâneo em casa. O hospital garante que nunca recusou o socrro, mas os bombeiros acionados pelo INEM denunciam que a mulher só foi atendida depois de muita insistência. Entretanto a IGAS - Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já abriu um inquérito ao caso.