Mais um navio russo de "recolha de informação" passou pela costa portuguesa - TVI

Mais um navio russo de "recolha de informação" passou pela costa portuguesa

Marinha Portuguesa (D.R.)

Nova missão de acompanhamento surge mais de um mês após a recusa de 13 militares do navio NRP de embarcarem em missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha do Porto Santo, na Madeira, alegando razões de segurança

O Navio da República Portuguesa (NRP) Corte-Real acompanhou e monitorizou, este fim de semana, o "navio de recolha de informação" da Federação Russa, o "Yuriy Ivanov", que esteve de passagem pela Zona Económica Exclusiva de Portugal.

Em comunicado enviado às redações, a Marinha Portuguesa indica que a monitorização de navios russos "decorre da defesa dos interesses nacionais e do exercício da autoridade do Estado no Mar", sendo "um procedimento que representa um forte contributo para a segurança e dissuasão mundial, demonstrando igualmente o compromisso de Portugal para o esforço coletivo da Aliança na manutenção do conhecimento situacional marítimo".

Navio "Yuriy Ivanov" acompanhado por fragata da Marinha Portuguesa (D.R)

Em março passado, a falha de uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha do Porto Santo, na Madeira, gerou polémica na Marinha Portuguesa, após 13 dos militares da guarnição (quatro sargentos e nove praças) terem recusado embarcar por razões de segurança.

Na altura, o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, criticou os militares do navio Mondego que desobedeceram às ordens, dizendo que o caso é de “uma gravidade muito grande” e que a "Marinha não pode esquecer, ignorar ou perdoar atos de indisciplina".

Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares para se recusarem a embarcar no NRP Mondego constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais, entre outras supostas deficiências do navio.

A Marinha confirmou que o navio Mondego estava com “uma avaria num dos motores”, mas referiu que os navios de guerra “podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança”, uma vez que têm “sistemas muito complexos e muito redundantes”.

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