Mau tempo: Proteção Civil regista mais de 100 ocorrências em Lisboa. Sapadores pedem às pessoas para não saírem de casa - TVI

Mau tempo: Proteção Civil regista mais de 100 ocorrências em Lisboa. Sapadores pedem às pessoas para não saírem de casa

  • CNN Portugal
  • PP, com Lusa (atualizado às 00:33))
  • 7 dez 2022, 22:27

Para as próximas 48 horas ainda se espera chuva, vento forte e agitação marítima. A região de Lisboa está a ser das mais atingidas. o IPMA colocou Lisboa, Faro e Santarém sob aviso vermelho

A chuva forte que atingiu a região de Lisboa ao final da tarde desta quarta-feira, e continuou a cair durante a noite, provocou inundações em várias zonas residenciais e dificuldades no trânsito nas principais vias de acesso. Algumas vias foram mesmo cortadas.

A página da Proteção Civil registava pelas 00:25, cerca de 70 ocorrências na região de Lisboa, devido ao mau tempo. Os concelhos mais afetados são Lisboa, Oeiras e Sintra.

O comandante dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, Tiago Lopes, pediu entretanto aos lisboetas para não saírem de casa devido à formação de lençóis de água na estrada por causa das fortes chuvadas que se fazem sentir na cidade. 

"Há muitos lençóis de água, os carros ficam presos na água e nós não conseguimos socorrer toda a gente", disse à Lusa.

Pouco tempo depois, na emissão da CNN Portugal, Tiago Lopes, avançou que até à meia noite tinham sido registadas 123 ocorrências ativas em Lisboa" e que vários túneis e ruas se encontravam encerrados ao trânsito: "Os túneis do Campo Grande, da zona do Campo Pequeno e da Avenida João XXI estão fechados. A Avenida 24 de julho também está interditada e Avenida de Berna também", disse. Reconheceu mesmo que "os túneis da zona do Campo Grande foi uma das zonas que suscitou mais preocupação".

Devido ao elevado número de ocorrências os bombeiros estavam a responder às situações "mais urgentes" e, por isso, apelavam à população para ficar em casa.

Também o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa emitiu a mesma recomendação: "Devido à forte precipitação, vento forte e perigo de inundações, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa recomenda que os cidadãos permaneçam em casa e evitem deslocações", lê-se Twitter da Câmara Municipal de Lisboa.

O distrito de Lisboa é o que está a ser mais atingido pelas fortes chuvadas que se fazem sentir em Portugal continental, adiantou à agência Lusa a Proteção Civil.

A Avenida Marginal, em Oeiras, entre Algés e Cruz Quebrada também foi encerrada ao trânsito. Em São Domingos de Rana, em Cascais, na Amadora e em Queluz, Sintra, também há registo de varias ruas encerradas. Em Odivelas, também foram registados casos de automóveis parcialmente cobertos pela água.

Aviso vermelho em Lisboa

Entretanto, o IPMA colocou Lisboa, Faro e Santarém sob aviso vermelho. Em Lisboa o aviso dura até às 02:00 e em Faro e Santarém até às 03:00 de dia 8 de dezembro.

Jorge Ponte, do IPMA, esteve na CNN Portugal e explicou que ainda se espera "precipitação forte" durante a noite e que a situação "se vai manter instável", por isso, foi determinado o aviso vermelho nestas regiões.

Este meteorologista avançou que a "depressão ainda se está a aproximar" de Portugal continental e "a provocar grande instabilidade" até sexta-feira. Depois lembrou que desde terça-feira que já havia um "aviso amarelo" e que esta quarta-feira de manhã elevaram para "aviso laranja".

Alerta feito na terça-feira com um aviso à população

O alerta já tinha sido dado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) com um aviso à população para esta quarta e quinta-feiras devido à previsão de chuva, vento forte e agitação marítima no centro e sul.

Em comunicado, com base na análise do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para as próximas 48 horas, a ANEPC alertava para a previsão de chuva, por vezes forte, mais intensa e frequente na região sul na quarta-feira e na quinta na zona centro.

Existiam igualmente condições favoráveis à conjugação “severa com trovoada e fenómenos extremos nas regiões centro e sul”, bem como “vento do quadrante sul forte a partir da tarde de quinta-feira nas terras altas e faixa costeira das regiões centro e sul, com rajadas até 80 km/h”.

Com base nas previsões, a ANEPC admitia a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais devido à obstrução dos sistemas de escoamento, assim como cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.

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