Mais de 30% das adolescentes portuguesas já usaram pílula do dia seguinte - TVI

Mais de 30% das adolescentes portuguesas já usaram pílula do dia seguinte

Medicamento abortivo provoca graves lesões

Uma em cada seis jovens entre os 15 e os 19 anos tem uma vida sexual activa sem utilizar qualquer contraceptivo. E, dessas, 33% já recorreram à utilização da pílula do dia seguinte.

O alerta é dado por um estudo sobre os hábitos anticoncepcionais das portuguesas.

A Avaliação das Práticas Contraceptivas das Mulheres Portuguesas é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução. O estudo, de âmbito nacional, envolveu 3900 mulheres, com idades entre os 15 e os 49 anos, residentes em Portugal continental, Açores e Madeira, refere o Diário de Notícias.

Segundo os resultados preliminares desta avaliação - cujas conclusões serão apresentadas terça-feira dia 8 de Março, 16% das adolescentes portuguesas não fazem qualquer contracepção. Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, «estes dados não surpreendem, uma vez que estão de acordo com aquilo que é conhecido da prática clínica».

O número de mulheres que já recorreram à toma da pílula do dia seguinte aumenta à medida que a sua idade diminui. Mais de 11% das mulheres adultas questionadas já recorreram a este método de emergência. E 33% das adolescentes também. «Este será talvez o dado mais interessante, até porque contradiz algumas conclusões de um estudo do Observatório Nacional do Medicamento», diz Daniel Pereira da Silva.

Na opinião dos autores do estudo, esta conclusão expõe «claramente as deficiências na contracepção neste grupo em particular, em que uma gravidez não planeada poderá ter consequências mais significativas». Segundo o estudo, 19% das adolescentes já desconfiaram de uma gravidez não desejada.

O documento aponta ainda para «limitações óbvias a nível do grau de conhecimento da população portuguesa em relação à contracepção em geral e à correcta utilização dos diferentes métodos contraceptivos». Segundo Daniel Pereira da Silva, «no que diz respeito aos jovens, não podemos falar de falta de informação». De resto, 83,4% das entrevistadas entre os 15 e os 19 anos abordaram o tema da contracepção na escola.

De uma maneira geral, as mulheres adultas consideram-se suficientemente informadas sobre os métodos contraceptivos. A pílula é mais usada pelas entrevistadas - 88,3% -, seguido pelo preservativo masculino - 66,5%. No entanto, apesar de se considerarem satisfeitas com a informação relativa à contracepção, 22,9% já praticaram coito interrompido.
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