Uma tripulação da Força Aérea detetou na sexta-feira mais de 70 migrantes à deriva no Mediterrâneo, contribuindo para o seu salvamento, numa operação conduzida pela Guardia Civil espanhola.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, a Força Aérea adianta que a missão, no âmbito da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), ocorreu na passada sexta-feira durante um voo de vigilância do avião C-295M.
Os migrantes, entre os quais diversas crianças, encontravam-se completamente à deriva divididos em quatro embarcações, a navegar relativamente próximo umas das outras.
A situação foi reportada à entidade coordenadora, tendo a tripulação do avião C-295M informado da existência de um navio mercante a navegar nas proximidades e dentro da linha de rota que poderia auxiliar no salvamento.
“Esta ação desencadeou a ativação dos meios de busca e salvamento espanhóis. Ainda antes de abandonar a área, e enquanto aguardava a chegada do helicóptero da entidade espanhola, a tripulação da Força Aérea encaminhou o navio mercante para uma das embarcações, apoiando dessa forma o salvamento de 21 migrantes, entre os quais duas crianças”, é referido na nota.
Militares da Força Aérea e um avião C-295M iniciam em 05 de setembro a segunda fase de missão de vigilância do Mediterrâneo, promovida pela Agência FRONTEX, a decorrer a partir da Base de Málaga, Espanha.
Esta missão de patrulhamento e vigilância marítima, denominada “Joint Operation Índalo 2024”, visa a salvaguarda da vida humana, a prevenção de migração ilegal e o tráfico de seres humanos, bens e armamento.
A missão tem também como objetivo o combate ao tráfico de droga, controlo e fiscalização de atividades de pesca, controlo da poluição marítima e controlo do tráfego marítimo, através da vigilância da guarda de fronteiras e costeira.
A primeira fase da missão, promovida pela Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira – FRONTEX, decorreu entre 20 de março e 10 de julho.
O destacamento da Força Aérea vai operar a partir da Base Aérea de Málaga até dia 27 de novembro.
Na primeira fase da missão, a Força Aérea detetou perto de 18 mil embarcações, sendo que 14 delas representavam imigração ilegal, detetando 202 migrantes, e 428 relacionadas com atividades ilícitas, num total 320 horas de voo.