O presidente executivo do BCP disse esta quinta-feira que não há um problema generalizado no crédito à habitação, mas problemas específicos para os quais é preciso soluções, e considerou que já é prática no BCP propor taxa fixa.
Em conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais, Miguel Maya afirmou que, "olhando para todo, não há um problema [no crédito à habitação devido à subida das taxas de juro], mas olhando cada caso concreto há problemas” e aí é que preciso "encontrar soluções que permitam que os problemas sejam ultrapassados".
Esta análise de que problemas no crédito à habitação existem mas são pontuais, pois em geral as famílias estão a conseguir pagar os empréstimos, tem sido comum aos presidentes dos principais bancos.
Na semana passada, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, considerou que “não há um problema de crédito à habitação transversal na sociedade portuguesa”, mas em “algumas franjas”.
Miguel Maya foi ainda questionado sobre as declarações do ministro das Finanças, Fernando Medina, de que o Governo está a trabalhar com os bancos para mitigar a subida das prestações do crédito.
Em resposta, o presidente do BCP disse que isso não altera a prática do banco, pois já propõe taxa fixa, quer para novos créditos, quer para quem renegoceia o crédito.
"O que quer que diga o Governo, o ministro das Finanças, não altera nada, porque isso já é prática. (..) Taxa fixa temporária é o que chamamos de taxa mista, nada disto é novo", afirmou.