O ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira comunicou esta terça-feira que não estará presente na audição da comissão parlamentar de Defesa, na quarta-feira, tendo invocado a sua atual condição de arguido no âmbito do processo “Tempestade Perfeita”.
Fonte parlamentar adiantou à agência Lusa que a posição de Marco Capitão Ferreira, exonerado das funções de secretário de Estado da Defesa na passada sexta-feira, foi transmitida esta noite aos deputados da comissão parlamentar através de um email.
“Diz que não vai comparecer à audição na quarta-feira, alegando que lhe cabe agora responder perante a justiça”, referiu a mesma fonte.
Na semana passada, o parlamento aprovou um requerimento do Chega para a audição de Marco Capitão Ferreira para prestar esclarecimentos sobre um contrato de assessoria que o próprio assinou com a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) antes de assumir o cargo de secretário de Estado.
Esse requerimento foi depois aprovado com a abstenção do PS. Com idêntica votação, foi também aprovado um requerimento do PSD a solicitar documentação referente a este contrato.
Na sexta-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a exoneração de Marco Capitão Ferreira proposta pelo primeiro-ministro, António Costa.
O ex-secretário de Estado da Defesa foi constituído arguido no âmbito do processo “Tempestade Perfeita”, que levou a Polícia Judiciária a fazer buscas na sua residência e no Ministério da Defesa.
Marco Capitão Ferreira assumiu o cargo de secretário de Estado da Defesa quando o atual Governo tomou posse, em 30 de março de 2022.