"Foram operados quase 20 mil doentes oncológicos em quatro meses", afirmou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esta quinta-feira, numa vista ao Hospital de Santa Maria.
Ana Paula Martins assumiu que havia sido feita "uma opção política desde o primeiro dia" para que os "doentes oncológicos fossem priorizados" e tudo "devido à sua condição". A ministra agradeceu "em nome do Governo de Portugal a todos os que tornaram isto possível", tornando ainda o agradecimento "extensível a todos os profissionais da área da Saúde"."Como não estar grata aos profissionais de saúde?", questionou.
Segundo a ministra havia 9.374 doentes oncológicos em lista de espera para cirurgia "a 30 de abril deste ano" e foram "operados quase 20 mil doentes oncológicos em quatro meses", afirmou Ana Paula Martins. Ressalvou depois o "empenho ímpar dos profissionais da área da saúde e revelou mais um número: "99% das cirurgias foram realizadas no Serviço Nacional de Saúde".
A responsável pela pasta da Saúde referiu também "outro exemplo de sucesso" a "linha SNS Grávida", através da qual "foram atendidas e orientadas 19051 grávidas desde 1 de junho", ou seja, "em dois meses". Ana Paula Martins fez questão de referi que "há um ano estas grávidas andavam de maternidade em maternidade à procura de uma porta aberta".
A ministra admitiu que há "grandes desafios pela frente" que querem "resolver". E ainda no tema das grávidas ressalvou que "hoje aumentámos a capacidade de resposta em Lisboa e vale do Tejo, através da maternidade que acabámos de visitar" no Hospital de Santa Maria. Ana Paula Martins esteve sempre acompanhada do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Tal como já o tinham feito há uma semana na Maternidade Alfredo da Costa.
Ana Paula Martins que deixar claro que "para este Governo os utentes não são números e estão sempre, sempre em primeiro lugar". "Não nos resignamos ao modelo de gestão da rede de urgências e estamos muito empenhados em ter uma nova organização que nos permita evitar esta rotatividade de encerramentos programados ou não programados". E em tom de quase de esperança disse que estão "convencidos que com o apoio técnico das equipas desta área não estaremos nesta situação no próximo verão".
"Com este Governo as nossas grávidas deixaram de andar a bater à porta das maternidades ou colocadas numa ambulância à procura de uma maternidade aberta", reforçou. Para, por fim, defendeu que não foi ali "dizer que trabalho está concluído, bem pelo contrário". Mas que estão a cumprir e vão continuar "a cumprir dia após dia, a dar respostas a quem precisas de respostas e cuidados de saúde a quem precisa". "Nunca o SNS teve um orçamento tão elevado, mais de 15 mil milhões de euros, mas com tantas fragilidades e sempre a ser questionado".