[Notícia actualizada às 9h]
O ministro das Finanças tentou esta segunda-feira à tarde explicar as suas declarações ao «Financial Times», no qual admite que o risco de Portugal ter de pedir ajuda externa é elevado. Embora comece por afirmar que foi «mal interpretado» pelo jornal britânico, acaba por reiterar que o risco de Portugal sofrer um contágio da situação irlandesa, que é grave, existe mesmo.
A verdade é que além do perigo do risco de contágio, há ainda o «perigo» de as declarações do ministro serem mal entendidas: é que se ao «Financial Times» disse que «o risco [de recorrer a ajuda] é elevado», já à «Reuters» frisou que «não está iminente esse pedido». Nem «há contactos nenhuns».
Declarações que o PSD optou por não comenta, com receio de que «fragilizar ainda mais o país».
Porque, para Teixeira dos Santos, o «risco de contágio existe. Temos vindo a senti-lo nas últimas semanas, atendendo ao comportamento dos mercados e, com certeza que os desenvolvimentos que venham a acontecer em qualquer um dos países, em particular da Irlanda, tenderão a fazer-se sentir e a contagiar as outras economias».
«Se a Irlanda pedir ajuda, Portugal tem de mostrar maior firmeza e determinação na opção que tomou, de se manter presente no mercado, e de fazer ver ao mercado que é diferente da Irlanda, que traçou um caminho de consolidação e de políticas de reformas que têm vindo a ser implementadas na economia que nos permitem enfrentar os problemas que estão identificados para Portugal».
Ministro foi «mal interpretado» mas confirma «risco elevado»
- Redação
- PGM
- 15 nov 2010, 20:56
Teixeira dos Santos diz que Portugal corre «risco de contágio» e tem de mostrar que é diferente da Irlanda
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