Moçambique anuncia detenção de suspeito no caso do empresário encontrado morto - TVI

Moçambique anuncia detenção de suspeito no caso do empresário encontrado morto

  • Agência Lusa
  • AM
  • 28 dez 2022, 06:24
Polícia de Moçambique (Associated Press)

Homem foi raptado no dia 14 de dezembro, em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais no município da Matola, por um grupo armado, e encontrado morto em Maputo

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 As autoridades de Moçambique anunciaram a detenção de um suspeito de envolvimento no caso do empresário raptado há uma semana, encontrado morto na terça-feira na província de Maputo.   

“Em conexão com o crime, nós detivemos um cidadão. O Sernic [Serviço Nacional de Investigação Criminal] lamenta o facto e tudo tem feito para resolver esta problemática dos crimes de rapto”, disse o porta-voz Leonardo Simbine, à comunicação social.

O corpo do empresário, raptado há mais de uma semana, foi encontrado em Txumene, na província de Maputo, no sul de Moçambique, com ferimentos e sinais de agressão, mas as autoridades alertaram ser prematuro avançar uma causa específica da morte.

“Neste momento, a medicina legal está a fazer o seu trabalho”, frisou Leonardo Simbine.

O homem foi raptado no dia 14 de dezembro, em frente a um dos seus estabelecimentos comerciais no município da Matola, por um grupo armado.

Um vídeo captado por câmaras de vigilância no local do crime mostra o momento exato em que o grupo, composto por quatro homens, arrastou o empresário para uma viatura, em plena luz do dia.

Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Moçambique registou, entre janeiro e novembro, 11 raptos e 27 detenções ligadas aos crimes, de acordo com dados avançados pelo Ministério do Interior.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de junho, a procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

A magistrada referiu existirem vítimas “constantemente chantageadas”, mesmo depois de libertadas, a manter o pagamento de quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.

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