Federação reage a greve dos clubes na Liga de Basquetebol - TVI

Federação reage a greve dos clubes na Liga de Basquetebol

Benfica-FC Porto para a Supertaça de basquetebol (Foto: Tiago Canhoto/LUSA)

Em causa estão impedimentos na inscrição de jogadores estrangeiros

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A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) disse, nesta quarta-feira, que foi «compreensiva» com a decisão de os clubes não comparecerem às duas primeiras jornadas da Liga. A entidade reconheceu ainda os alegados atrasos nos processos de inscrição de jogadores extracomunitários, decorrentes das mudanças legislativas no que toca à imigração.

Os doze clubes do principal escalão do basquetebol nacional decidiram, na terça-feira, não comparecer aos jogos da segunda jornada, previstos para o próximo fim de semana, tal como tinha acontecido na primeira ronda. Reclamam que os atrasos impedem a verdade desportiva.

«A FPB foi compreensiva com a situação, reconhecendo que os processos não têm sido tratados nos prazos definidos», afirmou, em comunicado, o organismo que tutela a modalidade em Portugal.

Já no caso da Liga feminina, «esse entendimento não foi unânime entre os clubes», motivo pelo qual a competição «teve início na data prevista», embora «com constrangimentos».

De acordo com a FPB, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) «nem sempre conseguiu cumprir o que está disposto no Protocolo» estabelecido entre o Estado e cinco federações, entre as quais a de basquetebol. No futebol, esses problemas já foram ultrapassados. 

O referido protocolo «visa a agilização de procedimentos para a concessão de autorização de residência a atletas e treinadores profissionais para os primeiros escalões» das respetivas modalidades e previa que a AIMA respondesse aos processos submetidos «em prazo não superior a dois dias». No entanto, esses prazos têm sido superiores. 

«A FPB efetuou contactos recorrentes com as entidades envolvidas, quer a nível operacional, quer governamental, com o intuito de garantir o cumprimento dos prazos de resposta por parte da AIMA ou de encontrar soluções alternativas. Infelizmente, apesar da recetividade que têm demonstrado os membros do Governo, ainda não foi possível desbloquear a situação», lamenta.

A «principal dificuldade», prossegue a FPB, «prende-se com a obtenção dos registos criminais dos países de origem certificados. (...) A situação agrava-se ainda mais no caso de atletas de nacionalidade norte-americana, que representam a maioria dos estrangeiros no basquetebol português», explicam. 

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