Foi com um toque de magia de Alan que o Moreirense conquistou a segunda vitória no regresso à Liga. O pequeno médio apontou o único golo do jogo e deu expressão ao melhor jogo dos cónegos.
O Farense não conseguiu dar sequência ao bom resultado alcançado frente ao Sp. Braga e foi ultrapassado na tabela pela formação minhota. Os algarvios até entraram melhor, mas os cónegos foram sempre a equipa mais esclarecida e a que mais quis ganhar, alcançando um triunfo justo.
Rui Borges fez duas alterações em relação à equipa que iniciou a partida frente ao Sporting. Saiu Maracás, expulso em Alvalade, e entrou para o eixo da defesa Carlos Ponck, em estreia pelos cónegos. Por lesão, ficou de fora Frimpong do lado esquerdo da defesa, tendo baixado para o lugar Pedro Amador e regressado à ala o sul-africano Kodisang.Já do lado dos algarvios, depois do triunfo na receção aos bracarenses, José Mota manteve o onze.
Boa primeira parte
A primeira metade foi intensa, jogada em alta rotação, com oportunidades para os dois lados. O Farense até entrou melhor, tentando aproveitar os espaços que Fabiano deixava nas costas quando subia no terreno. Teve um golo anulado por fora-de-jogo, uma bola a sair rente ao poste – remate em arco de Belloumi – e Rui Costa, com um forte remate, obrigou Kewin a voar para a defesa.
Do outro lado, os cónegos rendilhavam mais o jogo, construindo belas jogadas de ataque. André Luís desperdiçou duas boas oportunidades e acabou por ser Alan a abrir o ativo.
Num rápido contra-ataque, João Camacho conduziu o esférico e entregou, à entrada da área, a Alan que rematou em jeito para o fundo das redes. Os cónegos ganharam gosto em atacar e estiveram perto de chegar ao segundo. Aí apareceu Ricardo Velho a manter o resultado na diferença mínima.
Primeiro foi Kodisang a tentar, mas isolado não evitou a mancha do guardião algarvio. A seguir, foi Franco, com um disparo de fora da área, a acertar com estrondo na barra. Ainda antes do descanso, Pedro Amador cruzou da esquerda e Kodisang a subir ao 3.º piso e cabecear para fantástica defesa de Ricardo Velho.
Moreirense mais coeso
José Mota foi para os balneários visivelmente insatisfeito com o desempenho da equipa e, para a segunda metade, trocou Belloumi por Marco Matias. Contudo, o resultado foi praticamente nulo e, pouco depois, o técnico dos algarvios lançava Zé Luís e Rafael Barbosa na partida, tentando dar maior acutilância ao ataque.
Contudo, o Moreirense jogava muito coeso, dava poucos espaços, e o Farense tinha dificuldades em penetrar na defensiva dos minhotos. Numa das poucas vezes que o conseguiu, Matheus Oliveira rematou rente ao poste, com o esférico ainda a desviar num defesa local. Na resposta, Franco também disparou a rasar o poste, mantendo a defensiva visitante em sentido.
Até ao final, até foi a equipa de Moreira de Cónegos a dispor da melhor ocasião de golo. Acabado de entrar, Matheus Aiás isolou-se, ultrapassou Ricardo Velho, mas Gonçalo Silva veio de trás e cortou o esférico. Ao contrário do que sucedeu contra FC Porto e Sp. Braga, o Moreirense conseguiu segurar a vitória até ao apito final.