Prematuridade e baixo peso à nascença representam maioria das mortes de bebés em Portugal - TVI

Prematuridade e baixo peso à nascença representam maioria das mortes de bebés em Portugal

Recém-nascido (Freepik)

A DGS revelou também à CNN Portugal que, em cerca de um terço destes bebés, "havia registo de patologias maternas subjacentes"

Relacionados

Mais de metade dos bebés que não chegaram ao primeiro ano de vida eram prematuros e apresentavam um baixo peso à nascença, revelou a Direção-Geral da Saúde (DGS) à CNN Portugal.

“A maioria dos óbitos neonatais apresentou prematuridade e baixo peso à nascença”, precisou.

A DGS revelou também que, em cerca de um terço destes bebés, “havia registo de patologias maternas subjacentes”.

“As causas de morte incluem, na sua maioria, afeções originadas no período perinatal, incluindo condições respiratórias e cardiovasculares específicas, infeções, ou condições hemorrágicas e hematológicas; e malformações congénitas, deformidades e anomalias cromossómicas”, detalha ainda a DGS em esclarecimento enviado à CNN Portugal.

A organização liderada por Rita Sá Machado refere que a variação de 20% registada de 2023 para 2024 é um “aumentou pontual” que “deve ser vista em série temporal maior”.

“Isto é, se nos focarmos em regiões ou áreas concelhias, devido ao número absoluto reduzido de óbitos infantis e de nascimentos, pequenas variações podem causar oscilações na TMI (taxa de mortalidade infantil) a nível local, sem que isso represente, necessariamente, um aumento sustentado do risco”, justifica.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) apresentados pela PORDATA, Sintra foi o município com o valor mais elevado de óbitos (18), seguindo-se Almada (16), Amadora (12), Lisboa e Seixal (10 cada)

Esta segunda-feira, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, procurou responsabilizar o anterior Executivo pelo aumento da mortalidade infantil.

“Ninguém pode dizer hoje que não está relacionado, mais do que com as urgências [encerradas], com a diminuição, nos últimos anos, daquilo que tem sido o investimento que precisamos de fazer, concretamente, no sistema público, na área materno-infantil”, afirmou Ana Paula Martins, à margem das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.

Em resposta, o secretário-geral do PS manifestou preocupação com os números e com as palavras da ministra, que “não assumiu responsabilidades”.

“Com preocupação, como é evidente. E com preocupação vemos a reação da senhora ministra. Aquilo que está bem foi responsabilidade deles, aquilo que está mal eles responsabilizam o Governo anterior”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas durante uma arruada em Coimbra esta segunda-feira.

Continue a ler esta notícia

Relacionados

IOL Footer MIN