Em dia de chuva e de greve dos trabalhadores do metro de Lisboa, as plataformas da Uber e da Bolt tiveram uma manhã preenchida - e lucrativa. Pouco passava das 09:00 e quase não havia motoristas disponíveis na aérea da Grande Lisboa.
"De momento, todos os motoristas estão ocupados." Era esta a mensagem que aparecia aos utilizadores da Bolt. Aviso esse que, por norma, desaparece em pouco minutos, mas que esta manhã se manteve frequentemente.
Como a procura era muita e a oferta era pouca, o preço das viagens sofreu alterações. Só a título de exemplo, pela Uber uma viagem das instalações da CNN Portugal, em Queluz de Baixo, para o centro de Lisboa - que por norma tem um custo de 10 euros - esta manhã variava entre os 25 e os quase 30 euros. Às 11:00 esta mesma viagem já tinha descido para os 15 euros na Uber e para 11 euros na Bolt. Os preços destas plataformas são influenciados pelo tempo de espera, pelo tempo de viagem e pela procura, daí a existência de uma tarifa dinâmica que está regulada.
Em declarações à CNN Portugal, a Uber disse que "este tipo de situações são normais em dias de chuva e greve no metro" e, quanto ao custo das viagens, explica que se trata "da tarifa dinâmica a funcionar" quando existe muita procura por parte dos utilizadores. Até à publicação deste artigo, a Bolt ainda não tinha respondido às questões colocadas.
As estações do Metropolitano de Lisboa estiveram esta sexta-feira encerradas entre as 06:00 e as 10:00 devido à greve parcial dos trabalhadores. Segundo a previsão da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), a circulação só seria retomada a partir das 10:30. Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e a 01:00.