Collina: «Guarda-redes vão respeitar a nova regra, não vão arriscar» - TVI

Collina: «Guarda-redes vão respeitar a nova regra, não vão arriscar»

Pierluigi Collina

Presidente da Comissão de Árbitros da FIFA fala sobre as novas regras que vão ser aplicadas no Mundial de Clubes que arranca este sábado

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Pierluigi Collina, presidente da comissão de árbitros da FIFA, está convencido que os guarda-redes não vão ter problemas em adaptar-se à nova regra do International Board (IFAB) que vai já ser aplicada no Mundial de Clubes que arranca este sábado. Caso demorem mais de oito segundos a recomeçar o jogo, o árbitro pode assinalar um pontapé de canto contra, numa medida que visa evitar perdas de tempo propositadas e aumentar o tempo de jogo.

«É a novidade mais importante, e que na verdade tem como objetivo terminar com as perdas de tempo. Será implementada em todas as competições de futebol a partir deste verão. Já foi aplicada na Taça Libertadores e na Taça Sul-Americana e funcionou muito bem», começa por explicar o antigo árbitro italiano, em entrevista ao jornal As.

O responsável máximo pela arbitragem da FIFA está convencido que os guarda-redes vão adaptar-se facilmente à nova regra. «Se os guarda-redes sabem que será assinalado um canto contra, não vão arriscar. De facto, nos primeiros 160 jogos da Libertadores e da Taça Sul-Americana só se aplicou a regra por duas vezes. Tenho a certeza que os guarda-redes não vão demorar 15, 20 ou 25 segundos a marcar um pontapé de baliza. Está é uma boa notícia para o jogo», destaca.

Outra das regras, já aplicada na liga portuguesa, é que apenas os capitães das equipas podem dirigir-se ao árbitro. «Tem estado a correr muito bem nas competições em que já foi aplicada. É uma oportunidade para melhorarmos as relações entre os jogadores e o árbitro. Os jogadores podem continuar a falar, mas em alguns momentos específicos só o capitão pode falar. É para que o árbitro se possa explicar. É uma forma de melhorar a relação entre todos», comentou.

As restantes alterações estão quase todas relacionadas com as mudanças tecnológicas, como os fora de jogo semiautomáticos, a câmara integrada nos árbitros. «O objetivo é que se possam sempre evitar erros, porque mesmo os melhores árbitros podem falhar. O nosso grande objetivo é não ter que utilizar a tecnologia. Queremos ter a tecnologia, mas não usá-la. Em qualquer caso, se algo acontece é bom para todos que a tecnologia nos salve», comentou ainda o antigo árbitro.

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