Uma paragem de quase uma hora ainda fez duvidar sobre a continuidade de um jogo surpreendente por si só, mas o apito final do árbitro confirmou o empate a um golo entre o Auckland City e o Boca Juniors, na última jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes.
RECORDE AQUI O FILME DESTE ENCONTRO.
Num jogo dominado praticamente na íntegra pelo conjunto argentino, o primeiro golo surgiu ainda antes da meia hora de jogo e através de uma infelicidade de Nathan Garrow.
Através de um pontapé de canto, a bola viajou até ao coração da área e Di Lollo cabeceou ao poste. Só que a trajetória do esférico surpreendeu (e de que maneira) o guardião do Auckland, que acabou por desviá-lo para dentro da própria baliza.
Esta vantagem manteve-se até ao intervalo, perante muitas dificuldades do conjunto da Nova Zelândia para criar perigo ao Boca Juniors. As bancadas despidas não ajudavam ao espetáculo no relvado, mas os adeptos do Auckland tiveram motivos para sorrir aos 52 minutos e novamente graças a uma bola parada.
Assista aqui ao golo de Christian Gray:
No meio dos adversários, Christian Gray saltou mais alto do que toda a gente e finalizou de cabeça para o 1-1, num lance completamente contra a corrente do jogo. Seguiu-se a já «habitual» suspensão do encontro devido ao mau tempo que se fez sentir em Nashville, obrigando a quase uma hora de paragem.
A verdade é que o Boca Juniors regressou da melhor forma e podia ter respondido nem dez minutos depois, só que uma irregularidade impediu Merentiel de colocar a formação argentina na frente do marcador.
Até final, o Auckland conseguiu conter as investidas do adversário e arrecadou um ponto heróico de um jogo de sentido único, terminando assim no último lugar do Grupo C, com menos um ponto do que o Boca Juniors.
A Figura: Christian Gray
Apesar do domínio do Boca Juniors, o destaque principal vai para um dos muitos atletas amadores do Auckland, que num gesto perfeito de cabeça fez lembrar alguns dos profissionais do «desporto rei». O golo, marcado por um professor da escola primária, permitiu ao conjunto da Nova Zelândia somar um ponto e sair deste Mundial de Clubes com motivos para sorrir.
O Momento: autogolo para os livros (de anedotas)
Decorria o minuto 26 do encontro quando um pontapé de canto deu início a um lance bastante caricato. Um cabeceamento dentro da área levou a bola até ao poste e num ato irrefletido, o guarda-redes desviou a bola para a própria baliza.