Berardo dedica aos portugueses o novo Museu Colecção Berardo - TVI

Berardo dedica aos portugueses o novo Museu Colecção Berardo

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O empresário Joe Berardo afirmou esta sexta-feira à agência «Lusa» que a inauguração do Museu Colecção Berardo, prevista para segunda-feira, «é a concretização de um sonho» pessoal, mas dedicado «a todos os portugueses».

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«É um dos projectos mais importantes da minha vida e por isso sinto-me extremamente grato», comentou ainda sobre a abertura do Museu com uma selecção de 450 peças de arte retiradas do espólio da Fundação Berardo e outras emprestadas por entidades públicas e privadas.

«O museu tem o meu nome mas pertence a todos os portugueses. É nosso», reiterou, acrescentando que se sentiria muito bem se visse que o público fosse visitá-lo.

Acrescentou que pretende dar «entradas gratuitas até Dezembro aos sócios de todos os clubes da primeira divisão» e «também aos funcionários públicos».

A abertura do novo museu é o culminar de um longo processo, nomeadamente com negociações atribuladas com o Ministério da Cultura, e marcadas por declarações de descontentamento do empresário, que chegou a ameaçar levar a colecção para o estrangeiro.

Em meados de 2006, quando finalmente se assinou o protocolo para a criação da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea-Colecção Berardo, foi anunciado que 862 obras seriam emprestadas durante dez anos ao Estado português e ficariam instaladas no Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, com direito de compra até ao final do prazo por parte do Estado português.

Apesar da importância do espólio-considerado um dos mais importantes a nível mundial, com obras representativas dos principais movimentos artísticos do século XX, sobretudo de arte «pop» e surrealista-algumas vozes do meio artístico manifestaram-se contra a ocupação total do Centro de Exposições com a colecção Berardo.

A polémica surgiu novamente a 28 de Julho, quando o Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o diploma, mas levantou dúvidas acerca do seu conteúdo, nomeadamente quanto à distribuição de poderes entre o Estado e o comendador.

Face à contestação da oposição, o Governo, através da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, afirmou-se seguro de ter salvaguardado plenamente os interesses do Estado neste acordo.
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