Julio Iglesias levou romantismo ao Pavilhão Atlântico - TVI

Julio Iglesias levou romantismo ao Pavilhão Atlântico

Julio Iglesias no Pavilhão Atlântico (foto: Cláudio Andrade)

Cantou e encantou. Muito

Romântico. Charmoso. Apaixonado. E apaixonante. Foi este o sentimento de milhares de fãs que assistiram ao concerto, a noite passada, no Pavilhão Atlântico.

O público, maioritariamente feminino, apareceu em peso e lotou o espaço. Dos vestidos de noite sofisticados às práticas calças de ganga esta gente, tão díspare, partilhou o mesmo entusiasmo na presença do ídolo latino. Julio Iglesias de seu nome. Cantou e encantou. Muito!

O compasso de espera para ver subir ao palco o cantor latino, com mais discos vendidos em todo o mundo, foi preenchido pela actuação de Pedro Camilo, acompanhado à guitarra por Gonçalo Pereira e o músico Marco Reis.

Pedro Camilo começou por dar os primeiros acordes românticos numa noite dedicada ao amor. «Só de nós dois» encerrou a actuação do português, que confessou o orgulho de cantar para tanta gente e de «abrir o concerto do maior músico latino de sempre».

Às 22h40 os jogos de luzes de diferentes tons e formas não conseguiram ofuscar a entrada, em palco, de Julio Iglesias. Vestido com o inconfundível fato preto, camisa branca e gravata preta deixou o público em apoteose (principalmente o feminino!) com um rasgado sorriso e o toque, tão característico, da mão direita no peito. Bateu palmas e cantou.

«Cariollo» foi o primeiro tema acompanhado, em silêncio, pelo público no escuro do recinto quebrado, apenas, pelos inúmeros pontos luminosos vermelhos das lanternas, distribuídas antes do início do concerto. Um «quadro» romântico que encaixou na perfeição.

Depois de alguns versos Iglesias grita «Portugal» e acrescenta: «Portugal de tantos dias, tantos anos e tantas histórias de amor. É um prazer voltar à minha casa, depois de tanto tempo. Vocês são a minha casa».

«Natalie», «Ni te tengo», «Echame a mi la culpa» foram as músicas que se seguiram, mas foi em «La Gota fria» que o público delirou em uníssono. Liliana Nunez, uma das vocalistas que animaram todo o espectáculo, dançou com e para Julio Igesias. Uma dança sensual, tão característica dos ritmos latinos, premiada no final pelo cantor espanhol com um enorme beijo na boca.

Julio Iglesias justificou tamanho beijo: «a música latina é a mais sexy e também aquela que nos leva a fazer amor em posição vertical. Quando eu tinha 22 anos fazia amor antes de subir ao palco. Agora não o posso fazer. Porque subo ao palco quase todos os dias.»

Em «A Media Luz» Julio Iglesias chega-se atrás para dar visibilidade a um par de bailarinos. Lorene Ermocida e Osvaldo Zotto dançaram o tango, uma música que para o cantor «engravida as mulheres num ápice!» Irreverente chega a convidar o público a fazer amor, assim que chegar a casa.

«De Nina a Mujer» uma das canções que admitiu ter escrito para a sua filha, «El Amor» e «Abrazame» levam o público a aplaudir forte.

Mas «Hey» projecta a voz de Iglésias alto, tão alto que até ele se comoveu.

«All of you» é cantada em dueto com outra das vocalistas: Wendy Moten. Nova presença feminina no centro do palco. E novo beijo na boca. O público reage como sempre: eufórico!

«Un Canto a Galicia» e «Me Olvide de viver», sempre acompanhadas pelas vozes e sensualidade das vocalistas, fazem rendem o público mais resistente ao clima de romantismo no interior de um Pavilhão, sem capacidade de esfriar os ritmos quentes deste sedutor latino.

«Ne me quite pas» volta a encantar o público e o jogo de mãos é uma ajuda forte. Iglesias tem uma voz potente e mãos comunicativas. A esquerda sempre dona do microfone. A direita ora apertada sobre o peito, muito próximo do coração, ora desenhando movimentos circulares no ar. Toca no cabelo vezes sem conta e chega a juntar as duas mãos quase em sinal de oração. Os significados só ele saberá! Mas que completam todo o arsenal de charme, ninguém duvida.



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