Paul McCartney: 70 anos e uma carreira sempre a subir

Foi ele que fechou o concerto de celebração do Jubileu da Rainha Isabel II, há duas semanas, e será ele a principal estrela da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em agosto. Aos 70 anos de idade, comemorados esta segunda-feira, Paul McCartney mantém-se bem ativo no mundo da música e a sua carreira parece continuar a subir.

É inevitável falar dos Beatles quando falamos de McCartney. Afinal é ele o principal responsável por canções eternas como «Yesterday», «P.S. I Love You» ou «Love Me Do», e formou com John Lennon uma das melhores duplas de compositores de todos os tempos.

Discos como «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band», «Beatles» (também conhecido como «The White Album») e «Abbey Road» marcaram não só a década de 1970 como também a história da música.

A solo ou com os Wings (banda que incluía a falecida mulher, Linda McCartney), o músico nem sempre foi bem amado pelo público, mesmo pelos britânicos, como recorda o jornal «The Guardian», mas ainda assim só pouco mais de meia dúzia dos 22 álbuns de estúdio editados é que não alcançaram o Top 5 de vendas no Reino Unido.

Em fevereiro passado, Macca lançou «Kisses On The Bottom», concretizando um desejo de há vários anos: revisitar standards do jazz e do cancioneiro popular norte-americano. McCartney transformou-se em crooner, ao bom estilo de Frank Sinatra ou Tony Bennett e gravou com Diana Krall e a sua banda temas como «Always» e «Bye, Bye, Blackbird». Pelo meio, não resistiu e criou também dois inéditos partilhados com outras duas grandes estrelas - Stevie Wonder e Eric Clapton.

O ano de 2012 tem sido, aliás, bem generoso para Paul McCartney. Para além do sucesso do novo álbum e da participação no concerto da rainha de Inglaterra, o músico recebeu finalmente a sua estrela no Passeio da Fama em Hollywood e foi distinguido na gala dos Grammy Awards com o prémio Personalidade do Ano. E, a julgar pelas fotos ao longo dos últimos meses, o casamento com Nancy Shevell (em outubro do ano passado) também parece ter rejuvenescido o lado eternamente apaixonado do músico que esta sexta-feira faz 70 anos.

«Nunca vou acreditar que vou fazer 70 anos, não importa o que digam,» - disse recentemente em entrevista à revista «Rolling Stone» - «há um pequeno neurónio no meu cérebro que nunca irá acreditar em tal coisa». Mas é verdade, por isso: parabéns, senhor McCartney.