Entrevista: At Freddys House com o ouvido na América (vídeo) - TVI

Entrevista: At Freddys House com o ouvido na América (vídeo)

Músico bracarense fala sobre o disco de estreia a solo e das influências de Bob Dylan, Johnny Cash e Jimi Hendrix

Com o ouvido bem no seio da América profunda, At Freddy's House é o nome do projecto a solo de Frederico Cristiano. Depois da passagem por algumas bandas, o música bracarense decidiu seguir o caminho solitário de compor e produzir o seu próprio disco de estreia.

«Tive mesmo essa necessidade de produzir algo que dependesse só de mim. Um processo em que, desde o seu início até ao seu término, fosse só eu a dominar todas as variáveis envolvidas no projecto», explicou Fred em entrevista ao IOL Música.

Porém, «Lock (Full Version)» é fruto também de algumas colaborações. Na hora de criar o álbum, Fred abriu as portas da sua casa para uma convidada muito especial. Susana Noronha é a mulher do músico e a autora de todas as letras das canções.

«Nos projectos que eu admiro, a vertente na parte das letras é muito forte, tem impacto, faz mossa. E eu queria isso. E como já vivo com a Susana há bastante tempo, e estou ciente das capacidades dela, e como ela me percebe e entende tudo o que vai dentro deste processo todo, ela era a pessoa indicada», contou o músico sobre esta estreita colaboração.

De Dylan a Cash, passando por Hendrix

Ao longo dos 13 temas deste seu trabalho de estreia, At Freddy's House leva-nos pelas paisagens sonoras típicas dos cantautores folk norte-americanos. As influências, directas ou não, são recuperadas de outras décadas.

Lynyrd Skynyrd, Bob Dylan, Johnny Cash, Dr. John e Jimi Hendrix são as «grandes influências do passado» que Fred foi buscar aos anos 1970. «Por vezes, estas referências não estão ali especadas no "Lock (Full Version)", mas estes foram os condutores para esta situação toda despoletar», acrescentou.

«Há uma paz quase interior quando resolves tocar»

As comparações com Bruce Springsteen, Eddie Vedder ou até Leonard Cohen não parecem assustar Fred. Afinal de contas, a música esteve sempre presente na sua vida e compor canções tornou-se quase numa forma de terapia.

«Sempre senti essa necessidade. Há uma paz quase interior quando resolves tocar ou compor. Há um sentimento de libertação. Sempre senti isso e tenho essa necessidade, quase de ressaca, de ter de trabalhar, de pôr as mãos num piano, numa guitarra», afirmou o músico, um confesso «viciado em trabalho».

Vê aqui o vídeo da entrevista:



Os próximos concertos de At Freddy's House:

13 de Novembro - Theatro Circo, Braga

27 de Novembro - Rock Like An Animal Fest 2010, Braga

27 de Janeiro - Teatro do Campo Alegre, Porto
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