Os Buraka Som Sistema entraram ao cair da noite em palco com toda a pujança do kuduro de «Safada» dançado e interpretado sem cerimónias por Blaya.
Kalaf e Condutor testavam este público-adepto mais difícil do mundo que só se mostrou mais cooperante quando dispararam os acordes de um dos sucessos do grupo. Com «Kalemba - wengue wengue» só as avozinhas e boa parte da bancada VIP (onde se inclui o secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias) não saltou para a dança. Finalmente estava dada a corda aos ténis. Mas só por um bocadinho.
A seguir, pára tudo e mão no peito para se cantar «A Portuguesa» com a fadista Ana Moura. Um momento, apenas isso, onde nem todos se sentiram na obrigação de levantar o traseiro das cadeiras, como quem espera que o jogo comece há horas. E nada, desta vez a culpa não é do árbitro!
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Directamente da Covilhã, a Selecção Nacional entra agora em directo com o Jamor para dizer que gostava era de estar lá (leia-se estádio). Fala Eduardo, fala Liedson, fala Simão, fala Queiroz, fala Nani e fala Cristiano Ronaldo, que fez disparar uma rajada de palmas esfuziantes no público. A mensagem: «É que estejamos juntos!», disse. E não estamos sempre?
Aproximam-se as 21h30 e os Black Eyed Peas entram em palco à tabela. As bandeiras e cachecóis de Portugal andaram pelas mãos de todos, praticamente.
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«Let`s Get It Started» arrancou com o concerto e o alinhamento que se seguiu pouco ou nada mudou do que se ouviu há cerca de um ano na sua passagem pelo Alive!09 - nem sequer o momento DJ set de Wil.I.am onde se ouve o «Thriller» de Michael Jackson falecido recentemente.
Fergiu fez-se logo ouvir (e apreciar: trocou quatro fatos em palco) com a sua voz a sobressair. O público delirou com «Rock Your Body», « Don`t Phunk With My Heart» ou « Boom Boom Pow». No fim, a banda despediu-se com o mais que óbvio e muito sentido «I gotta feeling».
Cansada de vuvuzelar e, em muitos casos, de andar com os filhos às cavalitas, a multidão rumou para casa com um feeling maior. Amanhã é dia de trabalho.