O naufrágio da última semana nas águas da Grécia que provocou a morte a um número ainda indeterminado de pessoas é “a maior tragédia” deste tipo no Mar Mediterrâneo, considerou esta quarta-feira a responsável europeia pelas migrações.
“É a pior tragédia de sempre no Mediterrâneo”, disse Ylva Johansson, em conferência de imprensa em Estocolmo, depois de uma reunião de ministros da Justiça e Administração Interna da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos da América (EUA).
“Estamos a assistir a um novo 'modus operandi' desde o início do ano. Assistimos a um aumento de 600% nesta rota desde a Líbia até à UE ou através de Itália”, completou a comissária.
De acordo com Ylva Johansson a embarcação que naufragou há uma semana partiu do Egito em direção à Líbia, onde embarcaram os cerca de 750 migrantes que estavam a bordo do navio de pesca, que prosseguiu viagem rumo à Europa.
Até agora, apenas 104 sobreviventes foram encontrados e 81 corpos recuperados, mas muitos relatos referem que até 750 pessoas estavam a bordo.
De acordo com os dados fornecidos pelo Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM), há quase 27 mil migrantes desaparecidos no Mediterrâneo desde 2014.