Ofer Calderon já tem nacionalidade portuguesa, depois de ter pedido com caráter de urgência que o Governo português analisasse o seu pedido, na tentativa de poder ser incluído na libertação de reféns que o Hamas pode vir a fazer.
Numa notícia avançada pelo jornal Público e confirmada pela CNN Portugal, a Conservatória dos Registos Centrais (CRC) emitiu a certidão de nascimento pedida em 2021 ao abrigo da lei dos sefarditas.
Recorde-se que há uma mediação internacional para que o Hamas liberte os cerca de 50 reféns com dupla nacionalidade, sendo que entre eles estão três israelitas com dupla nacionalidade portuguesa, incluindo Ofer Calderon. Outros cinco cidadãos pediram, entretanto, que seja apreciado o seu pedido de obtenção de nacionalidade.
Além dos cidadãos raptados que têm ligações a Portugal, a CIP refere ainda a existência de reféns das seguintes nacionalidades: Estados Unidos (10), Argentina (6), Alemanha (6), Rússia (4), Ucrânia (3), Espanha (2), Reino Unido (2), França (2), Países Baixos (2), Brasil (2), Polónia (1), Azerbaijão (1), África do Sul (1), Canadá (1) e Chile (1).
Estes cidadãos estão entre os 220 reféns confirmados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), sendo que os governos de Estados Unidos e Catar estão a tentar negociar a libertação dos 50 reféns que têm dupla nacionalidade, como é o caso dos portugueses.
A Comunidade Israelita do Porto (CIP) refere que há ainda a confirmação de nove portugueses mortos, sendo que um outro cidadão que estava a tentar obter nacionalidade portuguesa também foi assassinado por combatentes do Hamas.
“Cada pedido de nacionalidade portuguesa é um caso individual e está a ser tratado de forma individual e, portanto, não há nenhuma decisão genérica sobre essa matéria, mas é evidente que, atendendo às circunstâncias, há uma grande urgência no processo”, disse o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sobre o caso de Ofer Calderon, agora resolvido.
A CNN Portugal contactou o Ministério da Justiça para saber em que ponto está o processo destes outros cinco cidadãos, mas até ao momento da publicação desta notícia não obteve resposta.