O juiz de instrução que ordenou a libertação dos cinco detidos no âmbito da Operação Influencer não encontrou quaisquer indícios da prática do crime de corrupção, seja na forma ativa, seja na forma passiva.
Ora, este era o único crime imputado ao presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, que também foi detido com os dois administradores da Start Campus, além de Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária, melhor amigo e ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, respetivamente.
Quer isto dizer que, na ótica do juiz, um dos detidos não praticou qualquer crime. "Não se mostra indiciada a prática de qualquer ilícito criminal", pode ler-se no despacho a que a CNN Portugal teve acesso, e que não menciona a indiciação de qualquer crime ao presidente da Câmara Municipal de Sines.
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e os administradores Rui Oliveira Neves e Afonso Salema, ambos da empresa Start Campus, ficaram submetidos a Termo de Identidade e Residência (TIR), a medida de coação menos gravosa.
O juiz não validou os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos.
Para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, o Ministério Público tinha pedido a suspensão de mandato, a proibição de contactos e de entrar nas instalações da autarquia.