“Se metade dos portugueses não vota, outra metade não paga impostos. Há relação?” - TVI

“Se metade dos portugueses não vota, outra metade não paga impostos. Há relação?”

    Miguel Sousa Tavares
  • AG
  • 7 out 2019, 21:14

No Jornal das 8, o comentador da TVI, Miguel Sousa Tavares, analisou os resultados eleitorais deste domingo, nos quais o PS saiu vencedor, elegendo mais mandatos que há quatro anos. Miguel Sousa Tavares falou ainda sobre o futuro de Rui Rio e os números da abstenção

O comentador da TVI, Miguel Sousa Tavares, analisou os resultados das eleições Legislativas deste domingo, afirmando que será mais difícil a António Costa e ao PS reeditar uma geringonça. Para o analista, seria difícil a Rui Rio fazer melhor do que aquilo que conseguiu.

Miguel Sousa Tavares comentou o resultado das eleições Legislativas deste domingo, que terminaram com a vitória do PS e uma derrota à direita. O comentador considera que, embora tenha saído reforçado da votação, António Costa pode ter uma legislatura mais difícil que a anterior.

Antevejo uma legislatura muito difícil para António Costa”, referiu.

O facto de a esquerda já não ter um inimigo comum, como aconteceu nas eleições de 2015, pode levar Bloco de Esquerda e CDU a subirem as suas exigências. De resto, Miguel Sousa Tavares acha que o PCP e Jerónimo de Sousa estão com “saudades” da luta sindical, onde se sentem mais à vontade.

Já o Bloco de Esquerda, que até se mostrou disponível para uma reedição da geringonça, deverá fazer maiores exigências no que diz respeito ao investimento no setor público.

À direita, e comentando sobretudo a derrota do PSD, Miguel Sousa Tavares prevê uma “guerra interna” nos sociais-democratas.

Movimentações dentro do PSD já começaram”, afirmou.

Abstenção voltou a subir

A abstenção foi um tema em análise, embora Miguel Sousa Tavares queira deixar de valorizar este fenómeno crescente.

O comentador considera que a campanha foi suficientemente esclarecedora para que todos eleitores pudessem escolher um partido no qual votar, relembrando que concorreram a votos 21 listas.

Miguel Sousa Tavares analisou ainda o episódio que impediu vários emigrantes portugueses de votar nas eleições Legislativas, num problema que esteve relacionado com os portes de envio. A questão teve que ver com o pagamento do selo no envelope, pelo que vários votos foram devolvidos à proveniência.

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