Tráfico de diamantes: “António Costa não tem controlo sobre o Governo” - TVI

Tráfico de diamantes: “António Costa não tem controlo sobre o Governo”

    Manuela Ferreira Leite
  • João Guerreiro Rodrigues
  • 11 nov 2021, 22:38

Manuela Ferreira Leite analisou, esta quinta-feira, no seu habitual espaço de comentário, a atualidade política nacional

A comentadora da TVI Manuela Ferreira Leite teceu duras críticas ao primeiro-ministro, acusando António Costa de não ter controlo sobre o Governo e de ser incapaz de demonstrar que aprendeu com os erros cometidos na última legislatura.

Questionada acerca da polémica em torno da falta de comunicação entre Governo e Presidente da República no escândalo que envolve um grupo de militares portugueses num esquema de tráfico de diamantes, Ferreira Leite sugere que o episódio é prova de que “não existe Governo e não existe primeiro-ministro”.

Não é possível um ministro tomar uma decisão e fazer uma comunicação a uma instituição internacional sem fazer uma comunicação ao primeiro-ministro. É algo de inimaginável, porque o primeiro-ministro pareceu-me genuíno”, afirmou.

“Como é que o primeiro-ministro aceita uma situação destas às claras perante todo o país? Não tem controlo sobre o Governo”, acrescenta.

Já sobre a entrevista do líder do executivo à RTP3, a comentadora classifica-a como “pouco genuína” e demonstrativa de que Costa “não aprendeu nada” com erros anteriores, por ter decidido ficar “nos braços” do PCP e do Bloco.

António Costa não aprendeu nada com os anteriores erros que cometeu na anterior legislatura. O problema de não governabilidade em que o Governo se encontrou é obra da decisão de não negociar com o PSD. Desde o dia em que tomou essa decisão que ficou nos braços do Partido Comunista e do Bloco de Esquerda”, frisou.

Caso tivesse compreendido “os anteriores erros”, a comentadora acredita que o chefe do executivo encararia uma outra solução, aliando-se aos sociais-democratas. 

Sobre a luta interna no PSD, a antiga dirigente social-democrata considera que a decisão de Rio de não fazer campanha contra Rangel foi uma decisão “acertada”, uma vez que, em muitos casos, as eleições servem para um candidato se poder dar a conhecer aos eleitores, algo que nem Rio nem Rangel precisam internamente. 

O que os militantes do PSD querem é uma campanha contra o Governo”, afirmou.

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