Paris 2024: a festa dos atletas e a passagem de testemunho à Hollywood na despedida - TVI

Paris 2024: a festa dos atletas e a passagem de testemunho à Hollywood na despedida

A cerimónia de encerramento no Stade de France que colocou o ponto final nuns Jogos Olímpicos memoráveis

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Paris 2024 despediu-se no Stade de France, numa cerimónia mais tradicional, 16 dias depois da inédita abertura no rio Sena. Do desfile dos atletas, onde o campeão olímpico Iúri Leitão e a medalhada Patrícia Sampaio foram os porta-estandartes portugueses, à passagem de testemunho para Los Angeles 2028, foram três horas de celebração e homenagem aos protagonistas de uns Jogos memoráveis.

A despedida começou ainda em plena cidade, nas Tulherias, com o nadador francês Léon Marchand, uma das figuras destes Jogos da XXXIII Olimpíada, encarregue de guardar numa candeia a chama olímpica que brilhou ao longo de duas semanas nos céus de Paris, no balão que será para sempre uma das imagens icónicas dos Jogos franceses, e levá-la até ao estádio.

Lá dentro começava o desfile dos atletas, numa desorganização festiva especialmente simbólica, lembrando o contraste com Tóquio, há três anos, nos Jogos que não tiveram público e em que o contacto humano foi muito condicionado pela pandemia.

Os atletas foram figurantes especiais da festa, que teve a última cerimónia de pódio, da maratona feminina, a assinalar também aqueles que foram os primeiros Jogos paritários, mulheres e homens em igual número. E teve em palco um atleta representando cada continente – do cubano Mijaín Lopez, que se tornou o primeiro a vencer ouro em cinco Jogos Olímpicos diferentes, ao campeoníssimo judoca francês Teddy Riner, passando por Cindy Ngamba, que se tornou a primeira atleta refugiada medalhada.

Houve momentos artísticos, espectáculos de luzes e fogo de artifício, discursos. Houve até momentos que fugiram ao guião, entre todos aquele em que centenas de atletas invadiram o palco, no momento da atuação da banda francesa Phoenix. Thomas Mars, o vocalista, acabou levado em ombros, enquanto na instalação sonora se pedia encarecidamente que deixassem o palco livre.

E depois houve a passagem de testemunho para Los Angeles. A bandeira olímpica, passada entre a autarca de Paris e a de Los Angeles, que tinha ao seu lado a ginasta Simone Biles. Depois, foi Hollywood. Tom Cruise a descer do teto do Stade de France, a pegar na bandeira olímpica das mãos de Simone Biles e a sair de mota, a Missão Impossível na estrada, o letreiro gigante de Hollywood a ganhar três anéis para desenhar o símbolo olímpico. A ação passou então para uma cena muito californiana, Red Hot Chili Peppers a cantar com a praia em fundo, mais Snoop Dogg, ele que andou a passear-se por Paris e finalmente cantou, com Billie Eilish.

No dia que, para o olimpismo português, fica marcado também, coincidência brutal, pela morte de José Manuel Constantino, na despedida dos melhores Jogos de sempre para Portugal, o pano caiu sobre Paris ao som de uma interpretação tocante de I did it my way, canção originalmente francesa popularizada por Frank Sinatra. A chama de Paris foi extinta, soprada por Marchand e pelos atletas de cada continente. Voltará a ser acesa em Olímpia para fazer o percurso até Los Angeles, daqui por quatro anos.

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