A atriz britânica Glenda Jackson, que também ingressou na política, morreu esta quinta-feira em Londres aos 87 anos, revelou o seu agente.
Glenda Jackson, que morreu na sequência de uma “breve doença”, soma vários prémios na representação, em cinema, televisão e teatro, mas o seu percurso também pela passou pela política, em particular nos anos de 1990.
Em 1971 venceu um Óscar de melhor atriz pelo desempenho no filme “Mulheres Apaixonadas”, de Ken Russell, e em 1974 voltaria a ser distinguida por “Um toque de classe”, de Melvin Frank.
A interpretação de rainha Isabel I, na série da BBC “Elizabeth R.”, também lhe valeu vários prémios na década de 1970, uma série então transmitida em Portugal pela RTP, e que a revelou no país.
Em 1992 trocou a representação pela política ao ser eleita deputada pelo Partido Trabalhista, tendo chegado a assumir a pasta dos Transportes, entre 1997 e 1999, durante o mandato governativo de Tony Blair.
Ao fim de 25 anos de ausência na representação, o regresso aos palcos dar-se-ia em 2016 na peça “Rei Lear”, de William Shakespeare.
Em 2020 venceu um prémio da Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA, na sigla original) pelo telefilme “Elizabeth is missing”.
Formada pela Academia Real de Artes Dramáticas, e com passagem pela Royal Shakespeare Company, onde entrou em 1964 para protagonizar "Marat/Sade", de Peter Brook, Glenda Jackson tinha acabado de rodar “The Great Escaper”, de Oliver Parker, ao lado do ator britânico Michael Caine.