«Portugal precisa de um Presidente da República política e institucionalmente activo», afirmou Jerónimo de Sousa, a 14 de Novembro de 2005, dia em que assumiu a sua candidatura a Belém. Prometeu fazer cumprir a Constituição, se vencer as eleições, e considerou que até agora nenhum chefe de Estado a cumpriu.
O candidato presidencial apoiado pelo PCP e pelos Verdes defendeu que a resposta para «a crise económica, social, política e ética», que Portugal está a viver, se deve basear no cumprimento da Constituição da República. E foi essa a mensagem que quis deixar na apresentação do seu «Compromisso com o Povo por um Portugal com futuro».
A luta contra a direita volta a ser um dos motivos que leva Jerónimo de Sousa à corrida para Belém. Acabou por reconhecer que o PCP tentou um acordo à esquerda, para que houvesse apenas um candidato e acusou o PS pelo falhanço do acordo. Em resposta aos recentes apelos "rosa" de desistência responde que «fica até ao fim».
Jerónimo Carvalho de Sousa foi eleito Secretário-geral do PCP, em 2004. Aceitou o desafio de substituir Carlos Carvalhas, numa altura que muitos preconizavam a morte do PCP. "O fim" não se confirmou e o partido parece ter ganho um novo fôlego, para além de um novo rosto.
Nasceu em Abril de 1947, em Santa Iria de Azóia, concelho de Loures. Casado e pai de duas filhas tornou-se membro do PCP em 1974. Foi eleito para o Comité Central do PCP no IX Congresso em 1979 e entrou para a Comissão Política do partido em 1992.
Na Assembleia da República foi Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PCP e Vice-Presidente da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Família da Assembleia da República. É deputado à Assembleia da República, eleito desde 2002.
Foi candidato à Presidência da República, proposto pelo PCP, em 1996. Dez anos depois volta a colocar-se na linha da frente.
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Jerónimo de Sousa, dez anos depois, garante que vai a votos
- Patrícia Pires
- 19 dez 2005, 23:00
![Jerónimo de Sousa, candidato presidencial](https://img.iol.pt/image/id/256598/1024.jpg)
Foi o PS que inviabilizou acordo para unir a esquerda, revelou secretário-geral do PCP que respondeu negativo ao apelo socialista para a desistência. Ao contrário do que fez em 1996, quando, pela primeira vez, foi candidato à Presidência da República. Site oficial
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