- O povo quer saber. Eu faço o papel que me pedem - diz Joana Amaral Dias.
- Não, não fazes. Tu enganas as pessoas - reage Pedro Nuno Santos.
- Devolveu os 203 mil euros?
- Seja séria. Não minta.
- As viagens aconteceram?
- Não sejas mentirosa.
Pedro Nuno Santos e Joana Amaral Dias encontraram-se esta quarta-feira no Mercado do Livramento, em Setúbal, em que a candidata do ADN recuperou o caso das ajudas de custo recebidas pelo secretário-geral do PS enquanto deputado por Aveiro tendo casa em Lisboa.
O líder do PS declarou durante quase dez anos morada em São João da Madeira, quando era deputado e tinha casa em Lisboa.
O agora secretário-geral do PS recebeu por isso subsídio de deslocação da Assembleia da República no valor de 203 mil euros e foi questionado por Joana Amaral Dias sobre se devolveu o dinheiro que recebeu, mas ficou sem resposta.
Uma resposta que já tinha sido dada em 2024, depois da publicação da notícia da revista Sábado que dava conta deste mesmo caso. "Ora, o centro da vida do [atual] secretário-geral do PS, durante o período em causa, era em São João da Madeira”, garantiu o partido, reiterando que o secretário-geral cumpriu a lei e teve um “comportamento ético e de transparência total e irrepreensível”.
De resto, e ainda sobre o mesmo caso, o próprio Pedro Nuno Santos sublinhou que cumpriu "todas as regras".
A caravana do PS está esta quarta-feira no distrito de Setúbal, com o secretário-geral, Pedro Nuno Santos, a começar o dia numa visita ao Mercado do Livramento, seguindo depois para um almoço num hotel na Costa da Caparica.
Da parte da tarde, a comitiva socialista contacta com a população na baixa setubalense e termina o dia com um comício.