Economia portuguesa vai crescer acima de 6% em 2022, garante ministro das Finanças - TVI

Economia portuguesa vai crescer acima de 6% em 2022, garante ministro das Finanças

  • Agência Lusa
  • CE
  • 14 set 2022, 11:30
Fernando Medina (Lusa/António Pedro Santos)

Fernando Medina voltou a insistir na meta de reduzir a dívida pública para valores inferiores a 120% do PIB

O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer acima de 6%, reiterando que a resiliência da economia se verifica num contexto de “contas certas”.

“O aumento do PIB vai superar as nossas expectativas de abril e deverá atingir mais de 6% este ano”, disse Fernando Medina, durante uma audição regimental na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), no parlamento.

No discurso inicial perante os deputados da COF, Fernando Medina reiterou a meta de reduzir a dívida pública para valores inferiores a 120% do PIB e que cumprirá a redução do défice para 1,9%.

“As contas continuam certas. Esta é uma garantia de segurança para o futuro e da qual não vamos – e não podemos – abdicar”, disse o ministro das Finanças, que, em resposta ao deputado Hugo Carneiro, do PSD, afirmou que "a economia portuguesa não está a crescer acima da média da União Europeia, está a crescer acima de cada um dos países da União Europeia".

Na apresentação das medidas de mitigação do impacto da subida de preços no rendimento das famílias, o ministro das Finanças adiantou que o Governo está a trabalhar com uma taxa de crescimento do PIB deste ano de 6,4%, uma revisão em alta face aos 4,9% esperados anteriormente.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), entregue em abril no parlamento, o Governo previa um crescimento da economia de 4,9% este ano, uma revisão em ligeira baixa (0,1 pontos percentuais) face ao cenário macroeconómico apresentado no Programa de Estabilidade.

No OE2022 prevê-se que a divida pública recue este ano para 120,7% do PIB.

Detendo-se sobre o pacote de medidas de apoio às famílias aprovado para mitigar o impacto da subida de preços, o ministro admitiu que se poderá questionar se se poderia ter ido mais longe, acentuando que o Governo decidiu ir até onde entende que pode.

“Podíamos e devíamos ir mais longe? Respondo com clareza: vamos até onde podemos ir”, afirmou.

O governante disse ainda: Está a ser feito “um esforço orçamental grande, protegendo rendimentos e atuando com a margem que conseguimos ter”.

E sublinhou que, “dada a dimensão do embate, não há nenhum governo no mundo capaz de anular as subidas de preços que registamos”.

Durante a audição, vários deputados de diferentes partidos da oposição criticaram o alcance das medidas de apoio e o facto de a atualização das pensões em 2023 não ser feita em linha com o previsto na lei em vigor.

Apontando o contexto de guerra na Ucrânia e o impacto na subida dos preços, afirmou que esta "é uma guerra em que o gás e os alimentos têm sido usados como arma e que, por isso mesmo, imprime custos severos às […] populações".

Fernando Medina reconheceu que "os bens essenciais estão mais caros", o que qualquer pessoa constata com uma ida ao supermercado ou a uma bomba de gasolina, mas precisou a necessidade de, nas respostas, ser necessário "encontrar o equilíbrio entre aliviar o peso da inflação no presente e a proteção do nosso futuro".

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