Os dois agentes da PSP colocados na Polícia Municipal de Lisboa que foram apanhados num esquema de tráfico de seres humanos com vista à exploração sexual vão ficar presos preventivamente, confirmou a CNN Portugal.
Os suspeitos, indiciados por tráfico de seres humanos e lenocínio agravado, vão cumprir as medidas de coação no Estabelecimento Prisional de Évora, determinou o juiz de instrução criminal esta segunda-feira.
Quanto à mulher brasileira também envolvida na rede de prostituição desmantelada pela PSP, vai igualmente ficar em prisão preventiva, a cumprir no Estabelecimento Prisional de Tires.
Dezenas de mulheres foram colocadas em casas e forçadas a prostituir-se 24 horas por dia, sob ameaças e recurso a violência física - servindo os dois agentes da PSP, que se deslocavam fardados aos locais onde as vítimas eram forçadas a prostituir-se, como forma de intimidação e coação sobre as mesmas para que cumprissem as ordens que recebiam.
Foram feitas buscas nas instalações da Polícia Municipal de Lisboa e em vários locais do país, com a participação de vários magistrados, também com a detenção de uma mulher que se dedicava à exploração de várias vítimas provenientes do Brasil.
"A investigação identificou uma estrutura que explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação", explicou na altura da detenção a PSP.