João Semedo elogia «coragem e dignidade» dos grevistas

O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo elogiou, nesta terça-feira, «a coragem e a dignidade» dos trabalhadores que fazem a greve geral, reconhecendo que são eles que pagam o custo do protesto.

«A greve não tem custos para o país. A greve tem custos para quem faz greve e os trabalhadores são os principais prejudicados por fazerem greve. Eles têm a lucidez, a coragem, a inteligência, a determinação e a dignidade de responder por um país que sofre com o terror social desta política», destacou.

João Semedo, que falava hoje à noite junto a um piquete de greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, defendeu que «é preciso libertar o país da troika para libertar o país da crise».

O coordenador do BE, função que reparte com Catarina Martins, acrescentou que os trabalhadores que hoje responderam ao apelo sindical «reclamam uma política diferente, que defenda o trabalho e os trabalhadores e não transfira sistematicamente o rendimento para os grupos financeiros».

A greve geral de hoje foi convocada pela CGTP em protesto contra o agravamento das políticas de austeridade e em defesa de políticas alternativas que favoreçam o crescimento económico. O protesto conta ainda com a adesão de 28 sindicatos independentes, bem como com a participação de cerca de 30 sindicatos da UGT, embora esta estrutura se tenha demarcado da greve geral.

A Confederação Europeia de Sindicatos convocou uma Jornada de Luta Europeia para hoje num protesto contra as medidas de austeridade em vários países da Europa, prevendo-se protestos também noutros países europeus, como Espanha e Grécia.