JSD pede que haja «sinais de coesão» na coligação - TVI

JSD pede que haja «sinais de coesão» na coligação

Duarte Marques

Duarte Marques apela também a um entendimento do primeiro-ministro com os parceiros sociais

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O líder da Juventude Social-Democrata apelou a «sinais exteriores de coesão» na coligação governamental e pediu ao primeiro-ministro «muito empenho na relação com os parceiros sociais», porque só com acordo social as reformas estruturais podem prosseguir.

«Espero que durante o dia de hoje possam surgir sinais importantes de coesão na coligação e sobretudo no Governo. É um apelo que fazemos, que os dois partidos se entendam e que revelem isso cá para fora, porque acredito que a imagem que está a ser exteriorizada é pior do que a realidade», disse à agência Lusa Duarte Marques.

O líder da JSD fez o apelo nesta quarta-feira, dia em que o primeiro-ministro recebe os parceiros sociais e em que Passos Coelho reúne também com a Comissão Política do PSD para avaliar a posição assumida pelo parceiro de coligação face às novas medidas de austeridade, sobretudo o anunciado aumento da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores.

Sublinhado que o país está pouco habituado a Governos de coligação, e que estes são algo normal noutros países, Duarte Marques afirmou que, «se divergências políticas e de opinião são normais dentro de um partido, são-no ainda mais numa coligação de dois partidos».

Duarte Marques entende que é «um exagero» falar numa coligação «ferida de morte», como tem sido avançado por alguns comentadores políticos, e defendeu que o país «não pode suportar» uma crise política.

O dirigente da JSD apelou também assim para um entendimento do primeiro-ministro com os parceiros sociais: «O caminho de sucesso que tem sido levado a cabo nas reformas só pode prosseguir com algum acordo social, sobretudo com uma boa relação com os parceiros sociais, e esse é o apelo que deixo ao primeiro-ministro: o de muito empenho na relação com os parceiros sociais.»

Sobre a proposta do executivo de aumentar a TSU para os trabalhadores e diminuir esta contribuição do lado das empresas, Duarte Marques afirmou que a JSD ainda não quer assumir uma posição pública sobre o assunto.

«Já revelámos internamente o que achávamos, fizemos um conjunto de propostas relativamente aos cortes na despesa pública e queremos ouvir o primeiro-ministro também sobre se vai alterar alguma coisa ou não», justificou.
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