Passos Coelho: Governo «teimoso» ignorou avisos - TVI

Passos Coelho: Governo «teimoso» ignorou avisos

Pedro Passos Coelho

Candidato a líder do PSD explica queda da economia e promete reduzir a carga fiscal numa legislatura

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Pedro Passos Coelho afirmou esta quinta-feira que os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o abrandamento da economia portuguesa «confirmam o que o Banco de Portugal, Bruxelas, FMI e Banco Mundial avisaram e que o Governo teimosamente não quis aceitar», refere a Lusa.

O INE revelou hoje que a economia portuguesa abrandou no primeiro trimestre deste ano, apresentando um crescimento real de 0,9 por cento em termos homólogos, menos 0,8 pontos percentuais do que o apurado nos últimos três meses do ano.

«O motivo porque a economia cresce menos do que deve é o Estado pesar mais do que deve. As empresas não descolam porque pagam ao Estado o que não têm que pagar», disse o candidato à liderança do PSD.

Já depois das declarações de Passos Coelho, o ministro das Finanças anunciou a revisão em baixa da previsão de crescimento económico deste ano, de 2,2 para 1,5 por cento. «Com critérios de prudência e realismo procedemos a uma revisão do crescimento económico para 1,5 por cento», disse Teixeira dos Santos, na conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros.

Reduzir a carga fiscal numa legislatura



Pedro Passos Coelho comprometeu-se hoje a reduzir a carga fiscal para pessoas e empresas numa legislatura e a retirar o Estado da economia em duas caso seja eleito líder do PSD. O objectivo é aumentar a competitividade fiscal do país.

Estes compromissos estão incluídos nas orientações programáticas que o candidato à liderança do partido apresentou no Porto, cidade escolhida para o efeito como prova, disse, de que não acredita que «Portugal é Lisboa e o resto é paisagem».

Propôs ainda a retirada, em duas legislaturas, do Estado da economia, «para que ele funcione em nome do interesse de todos, não sendo ao mesmo tempo árbitro e jogador».

Respondendo a Manuela Ferreira Leite, que afirmou quarta-feira não pretender apresentar um programa de candidatura, Pedro Passos Coelho considerou que «não é boa solução ficar-se escondido atrás de dossiers técnicos e dificuldades de governação».
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