Governo tem de intervir com "urgência" no caso Uber, defende PS - TVI

Governo tem de intervir com "urgência" no caso Uber, defende PS

Taxistas portugueses contra aplicação «Uber»

Banco de Portugal determinou suspensão da atividade. Socialistas dizem que incerteza quanto ao enquadramento legal agudiza necessidade de uma resposta política e legislativa

O Governo deve intervir, com "urgência" no caso da Uber, serviço que permite encontrar um motorista privado em qualquer lugar através de uma aplicação, e cuja atividade foi suspensa pelo Banco de Portugal. O PS defende uma intervenção do Governo por causa da incerteza quanto ao enquadramento legal. 

Numa nota divulgada esta terça-feira pelo grupo parlamentar do PS, o deputado Rui Paulo Figueiredo questiona o Governo sobre se considera se a atividade empreendida pela UBER Portugal “é uma atividade lícita e devidamente regulada de intermediação” ou se “a legislação está a ser violada”.

Os socialistas lembram “a polémica” referente à suspensão da atividade prestada pela Uber e a “incerteza quanto ao seu enquadramento legal”. Uma situação que “apenas agudiza a necessidade de uma resposta política e legislativa”.

“É patente a urgência de uma intervenção do Governo nesta questão, seja pela via da legislação e regulamentação, seja pela via da interpretação jurídica do enquadramento legal já existente”



Os socialistas pretendem saber se o Governo considera “indispensável a regulamentação específica desta atividade” e quando, em caso positivo, pretende avançar com essas medidas.

O “setor do táxi é extremamente relevante” e que, por isso, “os problemas que afetam o setor devem ser adequadamente estudados e ter soluções adequadas”, o que “não tem acontecido”. Entre esses problemas, está o serviço prestado pela Uber Portugal, que, defende, “deve ser alvo de análise e enquadramento”, reforça a mesma nota. 

“O Ministério da Economia tarda em ter soluções para o setor do táxi”, critica Rui Paulo Figueiredo, apontando também que “muito se tem falado e pouco se tem avançado” sobre a regulamentação das praças de táxis associadas a aeroportos e a portos, em especial em Lisboa.

Nesse sentido, os socialistas querem saber ainda quais as soluções que o Governo preconiza para a rentabilização do setor do táxi face aos temas suscitados pelas associações representativas do setor, qual o ponto de situação da regulamentação das praças de táxi, entre outras.

O Banco de Portugal determinou, no início de junho, a suspensão dos pedidos de pagamentos através da Uber, dando seguimento a uma notificação do Tribunal da Comarca de Lisboa que proíbe aquele serviço de funcionar em território nacional.

O tribunal decidiu assim a favor da ANTRAL (Associação Nacional de Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros), que representa o setor do táxi, que tinha entregado uma providência cautelar contestando este novo serviço. A Uber contestou a decisão e mantinha-se, no início do mês, a operar em Portugal.

 
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