Depois de ter estado na apresentação de um livro no Porto, José Sócrates rumou a Famalicão, onde discursou antes de um almoço com 1200 apoiantes. Num dia marcado pelo tema das escutas a Belém e pelas afirmações do director do jornal «Público», que diz estar a ser vigiado pelo SIS, depois da publicação de um email que terá sido enviado por um editor do jornal a um jornalista, o secretário-geral socialista disse que quer fazer uma campanha pela «positiva», sem nunca se referir a esta caso.
«O principal dever de um político em Portugal é apresentar um caminho», disse José Sócrates, recusando entrar pela «maledicência». «Eu quero estar nesta campanha com esta atitude, a atitude de superioridade, própria do PS, o partido que está, como sempre esteve, para servir os seus compatriotas».
O líder do PS foi sempre pontuando, ao longo do seu discurso, a defesa desta posição. «A atitude do PS é de quem quer fazer uma campanha pela positiva». E foi com ela também com que terminou: «Vêem, foi muito simples fazer um discurso, sem dizer mal de ninguém». Mas não resistiu a uma última farpa. «É claro que para não dizer mal dos outros e apresentar as nossas ideias há uma condição: é preciso ter ideias».
Antes, José Sócrates repetiu algumas das ideias que têm marcado as suas intervenções, de forma especial a necessidade do investimento público. «Há para aí quem tenha um preconceito contra o Estado e ache, portanto, que o melhor é o Estado não fazer nada», apontou, para depois se valer do exemplo de alguns chefes de Estado e de Governo estrangeiros sobre a matéria.
«Em todo o Mundo os Estados estão a fazer mais investimento público. Estão a fazê-lo em todo o mundo e em todos os países, quer seja de direita quer seja de esquerda o Governo. Está a fazê-lo o presidente Obama, nos EUA, está a fazê-lo a presidente Merkel, na Alemanha, o presidente Sarkozy, o presidente Zapatero», disse.
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Sócrates defende «atitude de superioridade, própria do PS»
- Hugo Beleza
- 18 set 2009, 14:50
Líder do PS almoça com apoiantes em Famalicão
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