Incêndios: Sócrates desmente intenção de expropriar terrenos abandonados - TVI

Incêndios: Sócrates desmente intenção de expropriar terrenos abandonados

Primeiro-ministro participou de uma reunião na Protecção Civil e classificou de «muito positiva» a capacidade do dispositivo de combate aos fogos

O Primeiro-ministro, José Sócrates, desmentiu, esta sexta-feira, que haja qualquer intenção do Governo de expropriar terrenos florestais abandonados. Declarações aos jornalistas, depois de uma reunião na Protecção Civil em que participaram também o Presidente da República e o ministro da Administração Interna. Questionado directamente pelos jornalistas, se existia essa intenção, o Primeiro-ministro respondeu: «Não».

«O que o senhor ministro da Agricultura quis fazer foi deixar uma palavra de grande preocupação para que aquilo que é o papel social da propriedade da floresta deve ser ampliado, no sentido de ampliar essa forma de propriedade. O comportamento negligente de um proprietário pode por em causa a segurança dos proprietários vizinhos. E isso deve estar reflectido também na lei», explicou

O primeiro-ministro classificou de «muito positiva» a capacidade operacional do dispositivo de combate aos incêndios e destacou que o grau de eficácia «melhorou muito nos últimos anos». «O que é importante destacar é que a capacidade operacional do dispositivo de combate aos incêndios tem-se revelado muito positiva», disse.

José Sócrates destacou que «se compararmos o número de ignições, as condições meteorológicas que ocorreram em anos excepcionais como 2003 e 2005, nós verificaremos que o grau de eficácia de combate aos incêndios melhorou muito nestes últimos anos».

Sócrates prestou ainda homenagem aos bombeiros, que disse darem «um grande exemplo a toda a sociedade portuguesa». «Venho aqui aliás com essa ideia no meu espírito, de deixar uma palavra de agradecimento a todos os bombeiros que neste momento lutam para combater os fogos, alguns deles sacrificando a própria vida e dando assim um grande exemplo a toda a sociedade portuguesa», sublinhou.
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