Louçã: PS está «aflito» com o BE - TVI

Louçã: PS está «aflito» com o BE

BE na noite das eleições europeias

Bloquista não está preocupado com os apelos socialistas no voto útil à esquerda

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Francisco Louçã considera que os resultados do seu partido nas eleições europeias estão a causar «aflição» aos socialistas.

No final de uma reunião com o secretário-geral da CGTP, o bloquista disse que vê «sem nenhuma preocupação» os apelos dos socialistas no voto útil à esquerda e que é o PS que «está aflito nesta campanha eleitoral».

«Nas últimas eleições o BE já teve quase metade dos votos do PS, entendamo-nos bem sobre a razão das dificuldades do PS», sublinhou.

O líder do Bloco acrescentou que «quem votou no PS percebeu que foi enganado no desrespeito em relação aos professores, à educação, à promoção da saúde, ao desenvolvimento de uma segurança social que assegure o futuro e em relação à criação de emprego» e que o eleitorado «não pode ser enganado duas vezes».

«Esta maioria absoluta teve todas as condições e foi um dos factores da brutalidade social contra os mais fracos», reforçou.

«Um responsável político como José Sócrates, que na oposição vota contra um Código do Trabalho de Bagão Félix e depois desmente por completo as suas posições, uma vez que tem o poder de decisão, para prejudicar os trabalhadores, para promover o não pagamento das horas extraordinárias, para incentivar a precariedade, é evidentemente alguém cuja palavra não pode ser considerada», disse.

Louçã afirmou ainda que «quem falhou sempre nas questões económicas e sociais mais importantes foi o PS». «Como é que pode agora pedir um crédito eleitoral para continuar a falhar às pessoas que precisam de uma resposta à precariedade e ao desemprego?», questionou.

Questionado sobre as palavras de António Costa, que na convenção do PS acusou o PCP e o BE de apenas quererem impedir que o seu partido governe, Louçã acusou os socialistas de «repetirem sempre as mesmas afirmações»: «A esquerda tem de contar com a esquerda, a esquerda tem de contar com a solidariedade, com a justiça, e para isso não pode contar com o PS.»
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