Sindicatos acusam Rui Rio de censura - TVI

Sindicatos acusam Rui Rio de censura

Rui Rio

Câmara do Porto retirou cartazes alusivos à greve de 24 de Novembro

A Direcção da União dos Sindicatos do Porto acusou o presidente da câmara da cidade de «banditismo político» e «prepotência», depois de terem sido retirados de vários locais da cidade cartazes alusivos à greve de 24 de Novembro.

Os sindicados admitem ainda que irão tomar «medidas legalmente admitidas com vista à condenação dos responsáveis, à reposição da legalidade democrática na cidade do Porto e ao ressarcimento dos prejuízos resultantes dos actos denunciados».

Em causa está a retirada, de «toda a informação sobre a greve geral de 24 de Novembro, desde que a USP e os Sindicatos começaram a afixá-la na cidade», nos «primeiros dias do mês».

«Na sua vaga censória, o presidente Rui Rio teve agora o atrevimento de em propriedade privada, violando os legítimos direitos dos seus proprietários, retirar dos edifícios dos sindicatos panos e telas colocados nas respectivas fachadas», refere comunicado da direcção, enviado após conferência de imprensa realizada esta segunda-feira.

Clarificam que tal situação ocorreu «na passada quinta-feira, dia 18, na sede do Sindicato dos Têxteis e Calçado e Federação dos Sindicatos Têxteis, Vestuário e Calçado, na Av. da Boavista em frente à casa da Música».

«O que é mais evidente é que se trata duma prepotência e que o presidente Rui Rio manifesta arrogância e indiferença para com as leis da república e a sua Constituição, querendo, através de actos censórios, por um lado impor um pensamento único na cidade do Porto e, por outro lado esconder as maldades contidas nos acordos feitos pelo seu partido, o PSD, com o governo PS, tanto nos PEC¿s como no Orçamento de Estado para 2011», acusam.

Contactada pela Lusa, a câmara recusou-se a responder às acusações da União dos Sindicatos do Porto «por entender que os termos em que este está escrito não merece uma resposta», remetendo as explicações para duas missivas enviadas para a CGTP.

No fax enviado a 18 de Novembro é explicado que «a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias ou propaganda política e eleitoral na cidade é permitida numa zona largamente maioritária da mesma, necessitando apenas de ser previamente validada pelo município».

Ainda que a autarquia considere «absolutamente legítima a pretensão de divulgar a greve», esclarecem que o sindicato não pode «escapar ao cumprimento de um preceito regulamentar».

Veja o vídeo que está a ser divulgado no YouTube:

Continue a ler esta notícia