Moniz foi ao Parlamento defender «a sua dama» - TVI

Moniz foi ao Parlamento defender «a sua dama»

Manuela Moura Guedes e Moniz (Lux)

Ex-director-geral da TVI garantiu que, por ele, o Jornal Nacional seria sempre apresentado por Manuela Moura Guedes

José Eduardo Moniz não admite, sequer, que haja dúvidas quanto ao seu empenhamento em manter Manuela Moura Guedes nos ecrãs. «Tenho pena de não ter tido mais Manuelas Moura Guedes na TVI», desabafou, esta terça-feira, na Comissão de Ética.

O ex-director-geral da TVI fez uma cronologia sobre as «pressões» da Media Capital e da Prisa para afastar a jornalista. «Seria uma grande injustiça compactuar com o seu afastamento. Aquilo que sempre disse foi: rescindem o contrato comigo e fazem o que quiserem», começou.

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Moniz referiu que, quando chegou à TVI, em Setembro de 1998, era necessário um «modelo de informação, que tinha de ser próprio para enfrentar a concorrência». Mas as pressões foram aumentando à medida que Moura Guedes ganhou protagonismo a apresentar o Jornal Nacional.

Até que, em Dezembro de 2005, a jornalista deixa de o fazer. «As pressões eram ao mais alto nível», garantiu, acrescentando que os administradores «aproveitaram» uma viagem sua ao estrangeiro para falarem com Moura Guedes. «Ela resolveu ser a salvadora da situação...», desabafou.

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«Fui eu que impus o regresso de Manuela Moura Guedes criando o Jornal de Sexta, num modelo que até tinha pensado para mim próprio, mas que, perante a incomodidade [dos administradores], decidi que seria apropriado para ela», contou.

Eis que rebenta o caso Freeport. « As críticas do primeiro-ministro incomodavam a administração espanhola, que queria a substituição de Manuela Moura Guedes e o fim do jornal», continuou.

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«Por mim, não haveria qualquer mudança no jornal nem na apresentadora, porque este era um factor de diferenciação da concorrência, que correspondia ao modelo de captação de espectadores», insistiu.
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