Escolas: PSD responsabiliza Governo por violência

Luís Filipe Menezes disse este sábado que o aumento da violência nas escolas é «uma consequência da incapacidade da política deste Governo na educação», ao comentar o incidente registado na escola Carolina Michaelis, no Porto. O presidente do PSD disse que as políticas do Executivo são entendidas pelos alunos como «um convite ao facilitismo».

«Os alunos estão convencidos que não precisam de estudar e de trabalhar para passarem de ano», disse Menezes, citado pela Lusa, no final de uma cerimónia de entrega de 24 habitações sociais, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Gaia.

O líder social-democrata apontou ainda que o Estatuto do Aluno é «mais um dos sinais contraditórios que o Governo tem passado para a população» e que só vêm lançar a confusão e gerar reacções violentas.

«José Sócrates bem fala da credibilidade política deste Governo, mas a realidade mostra todos os dias o contrário, com o caos na educação, o investimento a descer, as exportações a cair, a agricultura em crise e ausência de política ambiental, apesar do primeiro-ministro ter sido ministro do Ambiente», afirmou Luís Filipe Menezes.

O dirigente político acrescentou ainda que «os portugueses vão-se fartar deste Governo e acabarão por virar-se para a alternativa, que é o PSD».

Pedro Duarte acusou Governo de preferir insultar oposição

«Lamento que, perante um problema evidente da sociedade portuguesa que é a indisciplina e a violência nas escolas, o Governo prefira atacar e insultar o oposição do que ter uma atitude proactiva para resolver a situação», afirmou o deputado do PSD Pedro Duarte, em declarações à Lusa, numa reacção ao secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que o acusou de ignorância.

«As palavras do secretário de Estado revelam uma manifesta falta de educação. O que é facto é que continuamos sem ter uma palavra do Governo relativamente à resolução deste caso», disse Pedro Duarte, numa referência ao caso da escola Carolina Michaelis.

O deputado social-democrata desafiou a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o secretário de Estado Valter Lemos a aceitarem um debate sobre as consequências do novo Estatuto do Aluno nas escolas, aprovado em Novembro com os votos contra de toda a oposição.