Europeias: quem «cumpriu» tem «mais credibilidade» para exigir «mais Europa» - TVI

Europeias: quem «cumpriu» tem «mais credibilidade» para exigir «mais Europa»

Jorge Moreira da Silva (Lusa)

Afirmou Moreira da Silva

O primeiro vice-presidente social-democrata e ministro do Ambiente, Moreira da Silva, defendeu esta terça-feira que a coligação PSD/CDS-PP tem «mais credibilidade» para exigir «mais da Europa» porque resolveu a «situação catastrófica» que o PS criou.

«O PS não foi capaz de resgatar Portugal, foi esta maioria, e não foi capaz de apresentar alternativas. Isso é algo indesculpável num momento único da nossa história, em que todos temos que estar à altura das nossas responsabilidades», afirmou Jorge Moreira da Silva.

À saída de uma visita ao parque de biotecnologia de Cantanhede, da campanha da Aliança Portugal, Moreira da Silva sublinhou que «tem mais credibilidade para exigir mais da Europa quem não só não foi responsável pela situação catastrófica que se gerou em Portugal como resolveu essa situação».

«Julgo que essa é uma avaliação que os portugueses devem fazer, qual é a candidatura que está em condições de exigir mais da Europa, porque sabemos que a Europa só estará em condições de responder afirmativamente a esta exigência maior, perante o protagonismo daqueles que têm a credibilidade de quem cumpriu», sustentou.

Moreira da Silva, que foi deputado europeu há dez anos, e quis sinalizar um «forte apoio a esta candidatura», argumentou ainda que as atuais eleições se realizam num momento em que o Parlamento Europeu viu os seus «poderes reforçados» e, por outro lado, este é o momento para «exigir mais Europa».

«É necessário mais Europa nas interligações energéticas, mais Europa numa resposta financeira comum e coordenada, mais Europa nas políticas de inovação, conhecimento e políticas ativas de emprego», sustentou.

Com os candidatos da coligação PSD/CDS-PP Paulo Rangel e Nuno Melo ao seu lado, Moreira da Silva considerou que, além de ter mais credibilidade, a Aliança Portugal tem uma melhor resposta às questões do crescimento e emprego.

«Nós não queremos regressar a um tempo em que crescimento se confunda com endividamento. Tivemos essa experiência, durante mais de uma década, vivemos 10% acima das nossas possibilidades e tivemos um crescimento medíocre, de 0,6%», disse.

Para o vice-presidente social-democrata, são necessárias «respostas estruturais e de investimento seletivo» e isso «depende de uma capacidade de liderar reformas que não estão alinhadas com o endividamento».

Confrontado com o documento do PS com 80 objetivos políticos apresentado no sábado, Moreira da Silva disse não querer comentar «um manifesto que, pelos vistos, é para uma eleição que é dentro de ano e meio».

Antes, Jorge Moreira da Silva, Paulo Rangel e Nuno Melo assistiram a uma apresentação e visitaram algumas empresas do parque de biotecnologia de Cantanhede, uma das quais faz criopreservação de células estaminais e outra está a desenvolver um fármaco contra a obesidade causada por mutação genética experimentado em moscas da fruta.

Os candidatos ouviram a explicação de que as moscas da fruta partilham 70% dos genes dos humanos.
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