Falhanço da receita «condena Portugal a uma vida vegetativa» - TVI

Falhanço da receita «condena Portugal a uma vida vegetativa»

Constança Cunha e Sá aponta «confissão absoluta de impotência» do chefe da missão do FMI quanto à política de crescimento

No dia em que o Jornal de Negócios revelou mais pormenores da carta enviada à troika pelo secretário-geral do PS, Constança Cunha e Sá disse entender cada vez menos a razão de ser da moção de censura que os socialistas pretendem apresentar contra o Executivo. A comentadora sublinhou, na TVI24, que basta ver a forma como o Eurogrupo e a Comissão Europeia reagiram ao chumbo de Chipre ao plano de resgate para perceber que a renegociação do memorando de entendimento, que o PS pretende, parece cada vez mais difícil.

No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá sublinhou que «ainda há muito pouco tempo, António José Seguro andou a falar ao mais alto nível (com os mais altos quadros da troika) exatamente no sentido de renegociar os termos do memorando e as respostas que teve não foram muito animadoras, verdade seja dita».

A comentadora apontou como «cruciais» as mais recentes declarações do chefe da missão do FMI para Portugal.

«Basta ver as declarações do Sr. Abebe Selassié, que se diz triste com o aumento desemprego, desapontado com a recessão, desapontado com as rendas excessivas, e diz ainda que não vê maneira de criar mais crescimento. Ou seja: é uma confissão absoluta de impotência», refere.

«Aparecer o próprio representante do FMI a dizer que já foi feito quase tudo o que havia a fazer para estimular o crescimento económico e a reconhecer que a receita não levou a lado nenhum, pelo contrário até piorou. Isto é condenar Portugal a uma vida vegetativa», defendeu.
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