«Os jovens têm hoje mais oportunidades do que há um ano atrás e mais do que tinham há dois anos atrás»
O chefe de Governo respondia a Catarina Martins que tinha perguntado «como é que um jovem vai poder viver neste país?», quando existem «cofres cheios» só para «borlas fiscais» e não para o seu futuro. Estava a dar o exemplo do caso BES/Novo Banco.
Passos Coelho admitiu que os números mostram que o desemprego afeta ainda muito os jovens em Portugal:
O chefe de Governo continuou a insistir que o crescimento da economia está a materializar-se e que o país vai chegar ao final do ano com a meta mais do que cumprida (1,5% é o mínimo previsto) e com oportunidades «mais efetivas para os jovens».«Não consigo de modo nenhum contestar - nem quero contestar, que temos um nível de desemprego muito elevado, nomeadamente entre os jovens, mas quer do nível da preparação de base, desde logo tecnológfica e curricular que têm (...) e com investimento a recuperar, efetivamente terão uma oportunidade melhor para futuro»
«Hoje é dia das mentiras, mas não abuse»
Heloísa Apolónia, d'Os Verdes acusou depois Passos de «desvirtuar» a realidade dos jovens emigrantes portugueses.
Outros temas do debate«O senhor não quer encarar a realidade, mas não goze, nem minta. Hoje é dia das mentiras, mas não abuse»
O primeiro-ministro considerou que a existência da lista VIP é «grave» e prometeu atuar, insistindo, no entanto, que o Governo não deu instruções ou qualquer tipo de «conforto» para que ela fosse criada.
Quanto aos números do desemprego (a taxa aumentou para 14,1% em fevereiro), recusou que causem «embaraço» no Governo e deu um puxão de orelhas ao INE, por não ter fundamentado, ainda, a revisão em alta.
Um episódio que marcou o primeiro debate parlamentar de abril foi o comentário de Passos Coelho quando foi interrompido por João Galamba, ao questionar quem era o «deputado excitado» que estava a falar a partir das bancadas, sem ser a sua vez.
Este confronto político surgiu no dia em que António Costa anunciou oficialmente a sua saída da câmara de Lisboa para se dedicar, em exclusivo, ao PS e à corrida para as legislativas. Este assunto foi abordado, logo à cabeça, pelo primeiro-ministro, com ironia, e deu azo a uma resposta pronta do líder parlamentar socialista, Ferro Rodrigues.